Polícia Civil investiga violência contra mulher que acusou ex-namorado nas redes sociais

A vítima expôs fotos dos ferimentos, que teriam sido causados pelo ex-namorado, e solicitou medidas protetivas de urgência contra o suspeito

A Polícia Civil do Ceará informou que investiga o crime de lesão corporal dolosa no âmbito de violência doméstica e familiar ocorrido contra uma mulher de 26 anos. A vítima é Fernanda Coelho, que denunciou o ex-namorado por meio das redes sociais nos últimos dias. A mulher detalha as agressões e chegou a publicar fotos dos seus hematomas. 

Neste domingo (30), a PCCE disse que a Delegacia Municipal de Barbalha instaurou inquérito policial devido ao ocorrido. O caso teria acontecido no dia 23 deste mês, em Barbalha, Interior do Ceará. Fernanda solicitou medidas protetivas de urgência.

"Diligências e oitivas estão em andamento visando a elucidação dos fatos", segundo nota da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). A Polícia não informou se há mandado de prisão para o suspeito ou se ele já está detido.

"FUI COVARDEMENTE AGREDIDA"

Conforme relatos da vítima, ela diz viver um pesadelo desde o dia 22 de janeiro de 2022. Fernanda conta ter sido agredida pelo ex-namorado, um empresário cearense, que chegou a tentar matá-la: Eu nunca imaginei que fosse passar por algo nem parecido com o que me deparei no último domingo", disse.

Fernanda publicou fotos dos seus machucados pelo corpo e disse ter vivido um relacionamento abusivo. Segundo as publicações, o casal já havia terminado recentemente devido ao ciúmes excessivo do namorado, mas reataram.

"Eu fui ameaçada de morte, caso fizesse boletim de ocorrência"
Fernanda Coelho
Vítima de violência doméstica

Ela conta ter passado por exame de corpo de delito e que quando tornou a história pública recebeu relatos de muitas outras mulheres que também sofrem agressões, mas temem denunciar: "Por teimosia, por acreditar na mudança e achar que todo mundo merece uma segunda chance eu voltei o namoro com o homem que foi capaz de me agredir até sangrar. Nada justifica tamanha covardia e crueldade", relata.

Ainda por nota, as autoridades comunicaram que "mais detalhes serão repassados em momento oportuno para não comprometer os trabalhos policiais". A reportagem não conseguiu entrar em contato com o suspeito pelas agressões.