Polícia Civil cumpre 800 mandados judiciais contra grupo criminoso ligado a traficante 'Majestade'

Operação Anullare está sendo executada em 51 cidades do Ceará e em Pernambuco

Um grupo criminoso ligado à Valeska Pereira Monteiro, conhecida como Majestade”, é alvo de 813 mandados judiciais de prisão e busca e apreensão ao longo desta sexta-feira (19), em Fortaleza, outras 50 cidades do Ceará e no estado de Pernambuco.

Até o fim desta manhã, 186 mandados de prisão preventiva foram cumpridos no Ceará. Além das prisões, foram apreendidos aparelhos celulares, drogas, armas e uma quantia em dinheiro. 

Segundo o secretário da Segurança Pública e Defesa Social, Sandro Caron, os suspeitos pertencem ao segundo escalão do esquema criminoso. 

A identificação dos membros da quadrilha foi feita pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), após a captura de "Majestade", no último mês de agosto, em Gramado, no Rio Grande do Sul. Ela é suspeita de controlar finanças de uma facção criminosa. 

“[As pessoas presas agora] são gerentes do crime organizado. São as pessoas que estavam na rua comandando ações de narcotráfico”, explicou Caron, durante coletiva nesta manhã. 

“Eram pessoas de total confiança da liderança do primeiro escalão. Por isso, essa ação é um duro golpe nesse grupo”, observou. 

Operação 

A Operação Anullare é considerada a "maior ofensiva policial da história da Polícia Civil em combate a um único grupo criminoso", segundo o secretário. 

Os 358 mandados de prisão e outros 455 de busca e apreensão estão sendo cumpridos na Capital, na Região Metropolitana e no Interior do Ceará, além de Pernambuco.   

"Majestade"

A mulher é suspeita de ser responsável pelo controle financeiro e pela distribuição de territórios para a venda de entorpecentes ilegais da facção criminosa. Segundo a Polícia, ela respondia ao líder da organização, preso em ação conjunta das polícias civis dos estados do Pará e do Ceará. 

"Ela atuava como braço financeiro desse grupo criminoso no estado do Ceará. Ela era operadora financeira das atividades e dos recursos que eram angariados com atividade criminosa", detalhou o delegado geral adjunto da Polícia Civil, Márcio Gutiérrez.

Conforme as investigações, enquanto os membros da organização disputavam território para comercialização de drogas com outras facções, Francisca Valeska usufruía de um período de férias da função, "conhecendo pontos turísticos". No interrogatório, ela relatou que além da cidade gaúcha também viajou para o Rio Grande do Norte e para o Rio de Janeiro.