Mulheres são flagradas com drogas dentro de sanduíche e na máscara facial entrando em presídios

Ambos os casos foram registrados neste mês de setembro, em presídios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF)

Duas mulheres, mães de internos em unidades prisionais do Ceará, foram flagradas ao tentar entrar nos estabelecimentos em posse de drogas que, supostamente, seriam entregues aos filhos. Ambos os casos foram registrados neste mês de setembro, em presídios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

Uma das ocorrências flagranteada por policiais penais envolveu Maria das Graças de Sousa. A mulher foi presa na porta da Unidade Prisional de Aquiraz, tentando entrar com 5 gramas de maconha escondidas em quatro sanduíches.

No outro caso, Maria Aldeniza Vieira Nascimento estava em posse de maconha e comprimidos escondidos em uma máscara de proteção facial, na Unidade Prisional Sobreira Amorim. Ambas as suspeitas foram soltas após audiência de custódia.

CASO EM AQUIRAZ

A tentativa de Maria das Graças teria acontecido a pedido do próprio filho, identificado como Francisco Fabrício de Sousa Almeida. Consta nos autos do flagrante que a mulher estava muito nervosa e, ao vistoriar o malote, o policial penal percebeu que os pães estavam se desfazendo.

Dentro dos sanduíches foram encontrados os malotes.

Maria das Graças negou que entregaria o entorpecente ao filho. Ela disse que recebeu a encomenda já pronta e com pedido de repassar durante a visita. 

Já Fabrício, preso por tráfico de drogas, corrupção de menor e posse de arma de fogo, teria assumido a encomenda, em depoimento.

Maria passou por audiência de custódia e a Justiça decidiu pela soltura da suspeita, sem fiança, contanto que ela cumpra medidas cautelares, como proibição de se ausentar da comarca onde reside.

DROGA POR ENCOMENDA

No último dia 3 setembro, Maria Aldeniza Vieira Nascimento foi presa em flagrante, na porta de entrada da Unidade Prisional Sobreira de Amorim.

Era dia de visita quando ela tentou entrar no presídio levando drogas na máscara de proteção facial.

De acordo com o inquérito, um policial penal pediu para ver a máscara dela, que passasse pelo cão farejador, que percebeu a presença do entorpecente.

Dentro da máscara, escondida em meio a alimentos, tinha maconha e comprimidos. Supostamente, a mulher teria recebido R$ 50 para levar a droga ao interno Antonio Santiago Vieira Bastos, filho dela, cumprindo pena por tráfico e homicídio.

A versão de Aldeniza é outra. Ela diz que o ilícito era para consumo pessoal, que não seria entregue dentro da prisão e nega ter recebido qualquer valor pelo serviço. 

No dia 4 de setembro a suspeita passou por audiência de custódia e a Justiça concedeu a liberdade provisória dela, também sem pagamento de fiança.