Um segundo suspeito pela morte do escrivão da Polícia Civil, Edson Macedo, foi preso. Elias Carvalho da Silva Matos, de 23 anos, se apresentou na sede da Delegacia Metropolitana de Caucaia e acabou preso na manhã desta quinta-feira (13). A prisão temporária de Elias já havia sido determinada pelo juiz Carlos Eduardo de Oliveira Holanda Júnior, da Vara Única do Júri de Caucaia, quando os investigadores apresentaram indícios da participação dele e de, pelo menos, outros três suspeitos no homicídio.
Conforme a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), os policiais civis conduziram o suspeito até a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde ele foi interrogado. Elias já tem antecedentes criminais por roubo. Ainda não há informações sobre qual foi a participação dele no crime que vitimou o escrivão.
"A Polícia Civil mantém diligências ininterruptas com o objetivo de localizar e prender os demais envolvidos. Detalhes do trabalho policial serão divulgados em momento oportuno visando não comprometer as investigações em andamento", disse a PC por nota.
DECISÕES ANTERIORES
Outro suspeito pela morte de Edson Macedo está preso. Michael da Costa de Queiroz, 18, conhecido como 'Maikim', foi detido em flagrante no último domingo (9), também em Caucaia. No dia seguinte, ele passou por audiência de custódia, e o magistrado ordenou sua soltura por entender que as autoridades não apresentaram indícios suficientes da participação dele no delito.
Conforme trecho da decisão do magistrado proferida em audiência de custódia, uma denúncia anônima não é suficiente para manter o suspeito em cárcere: "Não há qualquer outro dado quanto à ocorrência de indícios mínimos de participação do suspeito no crime de homicídio em que foi autuado",disse Carlos Eduardo de Oliveira.
Horas após a audiência de custódia, com repercussão da decisão divulgada em reportagem do Diário do Nordeste, o mesmo juiz decretou a prisão temporária já afirmando que a permanência do cárcere seria "imprescindível para uma rápida e eficiente investigação policial".
O juiz justificou, na última decisão, que a Polícia Civil trouxe novos indícios: "Neste caso em análise, somente agora de fato há testemunha devidamente identificada, sob segredo de Justiça, nos termos do provimento da Corregedoria Geral de Justiça deste Estado (Testemunha X), que informa que viu os representados saindo do local do crime, logo após ouvir os disparos de arma de fogo que vitimaram o policial, bem como que tais suspeitos estariam usando a casa abandonada como refúgio noturno já há um mês".
MORTE DO POLICIAL
Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, o escrivão teve sua propriedade invadida e foi tirar satisfação com os criminosos. Ao chegar à residência, localizada na Rua Canaã, no bairro Padre Júlio Maria, a vítima conversou com um vizinho, que confirmou a ele a invasão do imóvel. Cerca de 40 minutos depois, o mesmo vizinho ouviu os tiros.
O corpo do policial foi encontrado com, pelo menos, 15 perfurações, sendo 13 somente na cabeça. As buscas por outros suspeitos e as investigações continuam.