A Polícia Civil divulgou na segunda-feira (4) que mais três suspeitos de matar o professor de Matemática Marcos Aurélio Marques, de 49 anos, foram capturados. Os locais onde foram realizadas as ofensivas, desencadeadas entre a semana passada e esta, não foram divulgados.
De acordo com a instituição, um homem foi preso e dois adolescentes foram apreendidos suspeitos de participação no latrocínio. Outro homem tinha sido detido na sexta-feira (1º).
Os adultos não tiveram as identificações reveladas pela Secretaria da Segurança Pública. As prisões e apreensões ocorreram entre sexta-feira (1º) e segunda-feira (4).
O caso
Os amigos contam que Marcos Aurélio saiu de casa, no bairro Bom Jardim, no dia 24 de setembro, para jogar uma partida de vôlei e se encontrar com amigos.
Um dia depois, no entanto, ele foi encontrado morto com sinais de asfixia, na Rua Orlando Dias, no bairro Granja Lisboa, também na capital cearense. A vítima deixou dois filhos.
Crime de ódio
Amigos e familiares suspeitam que o fato configura crime de ódio, motivado pela orientação sexual de Marcos Aurélio, que era homossexual.
Não acredito que tenha sido apenas um assalto. Fui a primeira a reconhecer o meu amigo, e a forma como ele foi encontrado - desfigurado -, na minha concepção, foi crime de ódio.
Protesto
Como forma de cobrar celeridade nas investigações sobre a morte do professor de Matemática, um grupo de amigos protestou em frente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no sábado (2).
O amigo e também professor Francisco Soares disse que a família de Marcos Aurélio considera o assassinato como inexplicável. "Foi um crime bárbaro, com requinte de perversidade, e está todo mundo comovido e indignado", afirmou.