Guarda municipal de Caucaia se recusa a usar máscara em hospital, briga e acaba baleado e preso

O agente de segurança pública agrediu enfermeira do hospital municipal e desacatou policiais militares

Um guarda municipal de Caucaia, identificado como Raimundo Nonato Matos da Silva, 40, foi baleado no tornozelo e preso pela Polícia Militar dentro do hospital público do Município. O caso aconteceu neste sábado (11), após uma confusão envolvendo o agente de segurança pública, que já recebeu atendimento médico no próprio local, e uma das enfermeiras da unidade de saúde. 

A confusão começou quando o guarda, sem máscara de proteção contra a Covid-19, quis entrar na unidade e foi barrado pela enfermeira, que pediu o uso. Ele se recusou, discutiu com a servidora e a agrediu. As informações foram confirmadas pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).

Após a agressão, na tentativa de resolver o conflito, outros funcionários do hospital municipal acionaram a Polícia Militar. Contudo, mesmo com a chegada do reforço, a discussão piorou e o guarda chegou a desacatar os policiais. Daí, então, um dos policiais atirou no tornozelo do guarda para contê-lo.

Procurada pelo Diário do Nordeste, a administração do Hospital Municipal Abelardo Gadelha da Rocha informou que deve se manifestar oficialmente sobre o caso apenas nesta segunda-feira (13).

Prisão


Nonato foi conduzido ainda no sábado à Delegacia Metropolitana de Caucaia. Lá, o guarda municipal foi autuado pelos crimes de lesão corporal dolosa, desacato, resistência e por infringir determinação do poder público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa

Um simulacro de arma de fogo, que estava com Nonato, também foi apreendido pela Polícia.

Repercussão


Fotos do tornozelo de Nonato baleado e vídeos do corredor do hospital municipal de Caucaia ensanguentado estão circulando pelas redes sociais e aplicativos de mensagem instantânea.

Também circula outro vídeo, aparentemente filmado pelo guarda, no qual ele diz, em tom ameaçador: "Eu não sou polícia, sou o quê?". Uma enfermeira responde: "guarda municipal". Ele insiste na pergunta e reclama por estar sendo censurado por não usar máscara contra a Covid-19.