Empresário acusado de integrar esquema que causou rombo de R$ 429 milhões ao Ceará é preso no Piauí

Foragido da Justiça, Timbó tinha quatro mandados de prisão em aberto

O empresário Francisco José Timbó Farias, de 51 anos, acusado de integrar esquema de sonegação fiscal que causou rombo de R$ 429 milhões aos cofres públicos do Ceará, foi preso nesta terça-feira (26), em Teresina, no Piauí.

Foragido da Justiça desde 2017, ele tinha quatro mandados de prisão em aberto pelos crimes de sonegação fiscal, falsificação, estelionato e lavagem de dinheiro.

Timbó é o 16º preso na operação batizada de "Dissimulare", deflagrada ainda em 2017. Ele foi o último suspeito da lista de investigados a ser capturado, encerrando a fase de prisões da operação.

Conforme, ele tem passagens por homicídio culposo no trânsito, crimes contra a ordem tributária e associação criminosa. O acusado foi encontrado após investigações da Delegacia de Combate  à Corrupção (Decor). Ele estava em um ponto comercial no centro da capital piauiense.  

Segundo a Polícia Civil do Estado (PC-CE), a prisão dele foi comunicada às autoridades do Piauí e, em breve, será apresentado à Justiça do Ceará. 
 

Prisão

 

Nada de ilícito foi encontrado com ele no momento da prisão. Timbó foi conduzido até uma unidade policial sob escolta e se encontra à disposição da Justiça. Tratativas estão em andamento visando o seu recambiamento ao Ceará.

O cumprimento do mandado de prisão preventiva pelo crime de organização criminosa foi expedido no Ceará. Após quatro anos, os investigadores cearenses constataram que o homem encontrava-se naquele estado. Deste modo, com apoio do DIP, os policiais civis cearenses conseguiram identificar o paradeiro do suspeito. 

Operação Dissimulare

Segundo a investigação, Timbó era um dos operadores da organização criminosa. O esquema utilizava dezenas de empresas de fachada para a aquisição de tecidos em outros estados, sem o recolhimento do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
 
Conforme apuração do Ministério Público (MP), a organização criminosa atuava há mais de dez anos e muitos dos denunciados já respondem a outros processos por crimes da mesma natureza.  

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