A advogada Elisângela Maria Mororó foi presa suspeita de integrar uma organização criminosa e intermediar a venda de cocaína. Ela foi detida no município de Catarina, na Região Centro-Sul do Estado, nesta quarta-feira (13). Segundo os investigadores, ela oferecia a droga por R$ 15 mil o quilo. Com ela, também foram capturados dois homens em uma residência na zona rural do município.
Dentro da casa, que pertence a um suspeito de liderar uma facção criminosa, foram encontradas uma pistola e cerca de 500 gramas de cocaína. De acordo com a Polícia Civil, o trio foi preso por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e por integrar organização criminosa. A advogada estava foragida há um mês.
Um dos suspeitos, identificado como Antônio Gonçalves Neto, conhecido por "Zói", de 45 anos, tem mandado de prisão em aberto e responde por porte ilegal de arma e associação para o tráfico de drogas. Já o segundo, identificado como Vicente Leite Sobreira, de 31 anos, conhecido como "Manin", tem três mandados em aberto po porte ilegal de uso restrito, tráfico de drogas, organização criminosa, receptação e associação criminosa e por oito homicídios. Todos os crimesforam praticados no Ceará.
Mensagens com traficantes
A Polícia Civil teve acesso a mensagens do aparelho celular da advogada, nas quais ela negociava a venda de cocaína com o chefe de uma facção criminosa preso em Rondônia. De acordo com os investigadores, Elisângela Maria Mororó ofereceu 40 quilos do entorpecente.
O potencial comprador chegou a dizer que pagaria apenas R$ 5 mil e, no fim da conversa, ela informou que o menor valor cobrado seria de R$ 13,5 mil. A suspeita chega a dizer que intercedeu dessa forma "pois todos tem que ter Natal".
Plano de fuga de detentos
Ainda segundo as investigações, em setembro deste ano, a advogada entregou um papel junto com um biscoito com um plano de fuga para um detento que estava preso dentro de um presídio no Ceará. Na oportunidade, ela deu o bilhete primeiramente para um advogado, que colocou o papel na boca do detento enquanto eles estavam no parlatório de um Centro de Detenção Provisória de Itaitinga. O plano de fuga que foi frustrado por agentes penitenciários.