Quando uma empresa encontra um problema nas mãos ou enxerga uma oportunidade de inovar, precisa reunir esforços para encontrar a solução. Reuniões intermináveis e longas discussões são coisas do passado. Hoje, quem busca chegar a resultados consistentes em menos tempo pode apostar na metodologia Design Sprint.
Criada por Jake Knapp em 2010, então design partner do Google, a metodologia tem como objetivo chegar a uma solução em cinco dias, proporcionando a usuários reais experimentá-la antes de qualquer alto investimento. “O processo é mundialmente conhecido por agregar velocidade e inovação ao desenvolvimento de processos e produtos, na criação e definição de novas marcas e até mesmo na (re)definição de uma visão de impacto institucional”, afirma Felipe Melo, gestor do Núcleo de Inteligência Territorial da Unidade de Gestão do Ambiente de Negócios do Sebrae-CE.
Tudo começa definindo o desafio correto. Para Felipe Melo, é importante executar um bom briefing e entender exatamente o problema que mais dói. “Algumas perguntas que podem auxiliar a nortear a escolha do desafio são: por que e para quem esse problema é relevante? Que tipo de fatores, externos e internos, influenciam o problema que estamos tratando? Por que o resultado final será valioso? Quais são os elementos limitantes do nosso problema?”, elenca.
Etapas
O próximo passo é a seleção adequada do time que participará do Design Sprint. Em geral, sprints são realizados em times de seis pessoas, distribuídas da seguinte maneira: um facilitador, que terá o domínio sobre a metodologia do Design Sprint e conduzirá todas as etapas; um definidor, que terá a última palavra na validação das decisões (finais e intermediárias) na condução e destino que o processo está tomando; um especialista em marketing, que trata uma visão não só de publicidade, mas, especialmente, de relacionamento com o cliente; um engenheiro, que será responsável pelo conhecimento técnico dentro do grupo; um designer, que facilitará na execução de um protótipo coeso com técnica e estética; e um cliente. “Embora a presença de um cliente no time não obtenha aprovação unânime dentre os facilitadores da metodologia, ela realmente pode fazer a diferença quando o envolvimento do cliente com a empresa/marca é mais do que uma simples relação de consumo. Outras posições importantes que podem ser colocadas aqui são um representante do financeiro ou um representante do planejamento estratégico”, acrescenta Felipe Melo.
Como salienta o gestor, conhecer cada etapa da metodologia é fundamental para a boa qualidade do resultado final. Para quem deseja se aprofundar, o Sebrae oferece aos empreendedores interessados oficinas e orientações para execução. Além disso, por meio do SebraeLab, “colaborativamente, diversas empresas e parceiros estão continuamente trabalhando e capacitando empreendedores não só com sprints, mas também com outras propostas de aceleração na resolução de problemas baseada em Design Thinking”, afirma Felipe Melo.