Como um dos setores mais importantes para a economia do Estado do Ceará, a indústria acompanha as tendências do empreendedorismo e também apresenta novas oportunidades de negócios. No entanto, para que essas chances possam ser corretamente aproveitadas, os empresários precisam estar atentos às mudanças estruturais promovidas pela tecnologia e não esquecer de adotar os princípios da inovação em seu negócio. Essa é a recomendação de Guilherme Muchalle (foto abaixo), Gerente do Observatório da Indústria da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). "Estamos vivendo uma revolução digital em que nunca a tecnologia avançou de forma tão rápida. Essa velocidade de transformações tem gerado mudanças estruturais nas organizações, fazendo com que mesmo grande corporações mundiais líderes de mercado entendam que não se manterão competitivas se trabalharem sozinhas para inovar", observa. "Com isso, além da capacidade de entender e reagir às mudanças tecnológicas, nossas empresas precisarão desenvolver um conjunto de capacidades necessárias para se relacionar com startups, pesquisadores e até mesmo concorrentes, para garantir a velocidade necessária para acompanhar o mercado e se manterem bem posicionadas", orienta o gestor do Observatório da Indústria.
Porém, antes de investir em uma nova oportunidade de negócio, o empreendedor deve ter em mente que o básico, obviamente, sempre será preciso: uma compreensão aprofundada do mercado e do cliente. "Além disso, o entendimento do modelo de negócios capaz de o diferenciar e dar vantagens competitivas para entregar valor ao cliente, entendendo os principais determinantes competitivos da sua atividade econômica, mantendo a inovação e a sustentabilidade em posição de destaque nas suas estratégias", recomenda Guilherme Muchalle.
Investimentos
Nos últimos anos, a economia cearense tem recebido importantes investimentos públicos e privados, especialmente em infraestrutura e tecnologia, o que amplia as possibilidades de novos negócios para as empresas locais. Com isso, têm se estruturado os chamados hubs logísticos em Fortaleza, atraindo empreendimentos e projetos de desenvolvimento. Para Guilherme Muchalle, esta é uma vantagem competitiva que o Ceará não pode deixar de aproveitar e que pode aumentar o potencial dos negócios na região. "Com o fortalecimento dos hubs logísticos, haverá uma acelerada inserção do Estado na economia global, principalmente se houver a concretização de acordos de livre comércio em negociação pelo Governo Federal", avalia o gestor do Observatório da Indústria da Fiec. "Isso não só gerará um mercado mais competitivo, com a entrada de novos players no mercado nacional, mas também trará uma série de oportunidades para atender mercados com alta renda mas nível de exigências bem diferentes do mercado interno, tanto no que se refere à confiabilidade de entrega, qualidade de produto, como também nas práticas sustentáveis utilizadas em sua produção e transporte", projeta Guilherme Muchalle.
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