Em nota divulgada nesta nesta segunda-feira (12), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou que as Forças Armadas terão acesso diferenciado em tempo real aos dados da apuração de votos na eleição de outubro. A informação havia sido divulgado em reportagem da Folha de S. Paulo.
Segundo divulgado pelo jornal, as Forças Armadas farão apuração paralela em tempo real com 385 urnas, como um projeto inédito de fiscalização. A medida consiste em enviar boletins de urna, que são públicos, para o Comando de Defesa cibernética do Exército, em Brasília, que compararia os resultados com os dados, também públicos, divulgados pelo TSE.
No entanto, segundo o TSE, a apuração paralela pode ser feito por qualquer pessoa, agora de forma facilitada por estar disponível na internet, conforme informações do O Globo. Antes isso só era possível a partir dos boletins de urnas (BUs) que eram emitidos após o fim da votação e afixados nas sessões.
"O TSE reitera informação amplamente divulgada em junho passado sobre a contagem de votos, a partir da somatória dos BUs, ser possível há várias eleições e que para o pleito deste ano, foi implementada a novidade de publicação dos boletins de urnas pela rede mundial de computadores, após o encerramento da votação para acesso amplo e irrestrito de todas as entidades fiscalizadoras e do público em geral", disse o TSE em nota.
Ainda conforme o órgão, não houve alteração em relação ao definido no semestre passado, permanecendo negado a outras entidades fiscalizadoras o acesso diferenciado. A totalização dos votos, "é competência constitucional da Justiça Eleitoral", segundo destacou.
O TSE disse ainda que qualquer pessoa interessada poderá somar por conta próprias os BUs "de uma, de dez, de trezentas ou de todas as urnas".