Alexandre de Moraes dá 24h para PL incluir auditoria do primeiro turno em petição

Coligação de Bolsonaro pediu anulação de votos em "urnas com mau funcionamento"

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou que a coligação de Jair Bolsonaro (PL) inclua em até 24 horas os dados sobre o primeiro turno das eleições na representação desta terça-feira (22), que pede anulação de votos de urnas com mau funcionamento'.

O ministro aponta que as urnas questionadas na representação foram utilizadas nos dois turnos das eleições. A Coligação 'Pelo Bem do Brasil' deve incluir os dados do primeiro turno, sob pena de ter a petição indeferida. 

A coligação pede a anulação de votos computados em 250 mil urnas. O relatório já havia sido anunciado na última semana pelo presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto.

O documento apresentado pela legenda afirma que o Instituto Voto Legal, contratado pelo PL para uma auditoria independente, apontou “desconformidades irreparáveis de mau funcionamento das urnas com potencial para macular o segundo turno das eleições presidenciais de 2022”. 

Os supostos problemas teriam sido registrados nos arquivos “logs de urna”, que configura “verdadeiro código de identificação da urna eletrônica”.

“Todas as urnas dos modelos de fabricação UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015 apontaram um número idêntico de LOG, quando, na verdade, deveriam apresentar um número individualizado de identificação”, afirma a representação. 

Resultado das urnas

O candidato petista Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito com 50,87% dos votos. A auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), realizada nas urnas eletrônicas e em todo o processo eleitoral, não encontrou nenhuma irregularidade no segundo turno.

O relatório da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) também aponta que não houve qualquer fato que aponte suspeita de irregularidades no processo de votação. 

Os dados do relatório de fiscalização do sistema eletrônico de votação elaborado por técnicos das Forças Armadas, enviado ao TSE, também não apontam fraude nas eleições de 2020.

Na primeira sessão do TSE após o segundo turno, em 3 de novembro, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que o resultado das urnas é incontestável