Anderson Torres, secretário da Segurança Pública do Distrito Federal, foi afastado do cargo em meio às falhas de segurança com a invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Supremo Tribunal Federal (STF), neste domingo (8).
A exoneração foi determinada pelo governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). "Estou em Brasília monitorando as manifestações e tomando todas as providências para conter a baderna antidemocrática na Esplanada dos Ministérios", disse.
Isso acontece em meio à demora para a reação das forças policiais às invasões de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro contra o Congresso, o Planalto e o STF. Móveis e janelas de prédios do Poder Público foram vandalizados.
As invasões acontecem uma semana após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu às eleições em outubro. O presidente decretou intervenção federal para a recuperação da ordem em Brasília.
Anderson Torres, demitido após os atos, foi ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro e estava na Flórida (EUA), para onde o ex-presidente foi um dia antes de terminar o mandato.
Movimentação
Anderson, até esta publicação, não comentou a exoneração, mas havia indicado que a Secretaria da Segurança estava em atividade para reestabelecer a ordem em Brasília, no início da tarde.
"É inconcebível a desordem e inaceitável o desrespeito às instituições. Determinei que todo efetivo da PM e da Polícia Civil atue, firmemente, para que se estabeleça a ordem", publicou nas redes sociais.
O governador Ibaneis informou que todo o efetivo das forças de segurança está nas ruas, com determinação de prender e punir os responsáveis. Foi solicitada ajuda do Governo Federal.