O prefeito de Fortaleza, José Sarto, minimizou possíveis impactos do novo racha entre seus correligionários pedetistas na sua provável tentativa de reeleição no próximo ano. Em declaração à imprensa, na manhã desta segunda-feira (2), o gestor disse apoiar o retorno do deputado federal André Figueiredo ao cargo de presidente estadual da sigla, e que os que divergem do projeto político devem procurar "a melhor trajetória" para eles.
Questionado sobre a "queda de braço" protagonizada por Cid Gomes e Figueiredo, Sarto disse estar "à margem" do processo, mas que não visualiza o processo da mesma maneira. "O presidente André Figueiredo havia se licenciado por um período e havia algumas pactuações durante esse tempo. O presidente afirma que foram quebradas e ele reassume hoje", salientou.
Para ele, a crise não agrava sua candidatura para o pleito municipal de 2024. "Os partidários que advogavam a tese da presidência do senador (Cid Gomes) a gente já sabe que na eleição passada, por exemplo, mesmo o PDT tendo um candidato aprovado em assembleia, preferiram não votar nesse candidato. E, se à luz do dia foi feito desse jeito, imagine nos bastidores partidários", comparou.
O mandatário pontuou que as contradições são naturais a todos os partidos, mas que devem ser colocadas em segundo plano em uma estrutura de tal dimensão. "Quando há divergência no que concerne ao projeto, aí eu acho que as pessoas devem se readequar e procurar a melhor trajetória que eles assim desejam", disse categórico, mencionando que há uma oposição destes ao "projeto belíssimo" que está promovendo em Fortaleza.