Participantes de concurso do IJF protestam na Câmara para que Sarto convoque antes do prazo final

Profissionais foram aprovados em seleção realizada em 2020 e que deve vencer no fim de dezembro

Profissionais da saúde, que estão no cadastro reserva de um concurso realizado pela Prefeitura de Fortaleza para a contratação de mão de obra para o Instituto Dr. José Frota (IJF), realizaram uma manifestação durante a sessão legislativa desta terça-feira (26), na Câmara Municipal (CMFor). Das galerias, o grupo, que aguarda convocação por parte da gestão, cobrou dos parlamentares uma posição sobre o tema, já que o certame só será válido até 28 de dezembro.

O assunto foi levado para o Plenário Fausto Arruda pela vereadora Adriana Almeida (PT), líder da oposição na Casa Legislativa. Na tribuna, a petista repercutiu a crise vivida pela unidade hospitalar, em que há uma falta de medicamentos e insumos básicos para a realização de atendimentos, e afirmou que a contratação dessa leva de profissionais poderia reduzir a problemática.

“Para além de insumos e medicamentos, que são tão importantes para o atendimento à população, temos a questão humana, de pessoal, que sabemos ter uma deficiência muito grande”, alertou a vereadora, dando conta da necessidade de médicos, enfermeiros e outros colaboradores da área. 

Ao Diário do Nordeste, a representante salientou que a nomeação destes participantes do concurso está sendo dialogada com a equipe de transição do Governo Municipal. Ela apontou que precisa haver um diálogo com o Ministério Público e com a atual administração para encontrar uma saída possível, sem infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Júlio Brizzi (PT) também se manifestou durante a sessão. "A gente precisa que a atual gestão tenha esse compromisso de recebê-los, de analisar, de convocá-los. A gente está vendo e denunciamos aqui todas as semanas, desde que a eleição acabou, o descaso da atual gestão", afirmou. 

As manifestações de apoio aos que pleiteiam a convocação foram seguidas pelos oposicionistas Ronivaldo Maia (PSD) e Dr. Vicente (PT), mas também pelos governistas Luciano Girão (PDT) e Jorge Pinheiro (PSDB).

Uma comissão de parlamentares foi deliberada pela Mesa Diretora para acompanhar o pleito dos manifestantes. Participaram dela o vice-líder do Governo SartoDidi Mangueira (PDT), os petistas Adriana Almeida, Dr. Vicente e Júlio Brizzi, além do pessedista Ronivaldo Maia.

Profissionais de saúde 

Brígida Teixeira, que está na lista do cadastro reserva, falou com a reportagem que 54 vagas estão em jogo, entre psicólogos, enfermeiros, fonoaudiólogos e médicos. Segundo ela, houve uma ampliação da validade inicial do concurso e, “nesse momento delicado”, na transição do governo, é preciso “muito diálogo” entre a equipe que está no comando do Município e a que vai assumir a partir de janeiro. 

“Se não chamarem agora, o concurso vai vencer e essas pessoas, que estudaram, estão na luta há algum tempo, vão perder essa oportunidade”, pontuou a profissional de Saúde. De acordo com ela, desde que houve a divulgação do resultado do concurso, dois momentos acabaram dificultando o processo, a pandemia da Covid-19 e o período eleitoral deste ano, em que, por força da lei, houve impedimentos para a nomeação dos aprovados.

Acionamos a assessoria de comunicação do Gabinete do Prefeito, a fim de obter uma posição sobre a solicitação dos manifestantes. Não houve resposta até a publicação desta matéria. O conteúdo será atualizado caso haja uma devolutiva.