O dono da Precisa Medicamentos, Francisco Maximiano, será ouvido na manhã desta quinta-feira (19), a partir das 9h30, na CPI da Pandemia. Com o depoimento adiado quatro vezes, ele chegará ao Senado na condição de investigado.
A empresa da qual Maximiano é proprietário está envolvida em suspeitas de irregularidades na intermediação da vacina indiana Covaxin, produzida pelo laboratório Bharat Biotech.
Alguns dos questionamentos aguardados na CPI estão relacionados ao contato entre a empresa e o Ministério da Saúde, que firmou contrato para adquirir as doses do imunizante em questão.
Entretanto, o empresário deve comparecer com habeas corpus que garante a possibilidade de se manter em silêncio diante de assuntos que possam incriminá-lo.
Alvo do MPF
Essa, inclusive, não é a primeira vez que a Precisa Medicamentos enfrenta problemas relacionados à pandemia. Durante a operação Falso Negativo, o Ministério Público Federal já havia indicado que a empresa chegou a superfaturar valor de testes rápidos de Covid-19.
Em relação ao caso da vacina Covaxin, o empresário deve ser questionado sobre provável alteração de documentos que autorizavam a Precisa a assinar o contrato final, além de erros sistemáticos na compra.
Inicialmente, o contrato entre a empresa e o Ministério da Saúde estipulava uma compra de vacinas com valor total de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses do imunizante.
Essa, então, seria a vacina mais cara adquirida pelo Brasil até aquele momento, determinando um valor de US$ 15 por cada dose.