Os eleitores do município de Palhano voltam às urnas neste domingo (5) para escolher quem irá ocupar a Prefeitura da cidade pelos próximos 2 anos. O motivo para a realização destas eleições suplementares, no entanto, é diferente do que ocorreu em outras cidades cearenses – onde as chapas eleitas foram cassadas pela Justiça Eleitoral.
Em Palhano, o prefeito eleito em 2020, Dinho Nunes, faleceu em abril de 2021, vítima de Covid-19 – ele estava no segundo mandato à frente do Executivo municipal. O vice Francisco Erisson, conhecido como Chico do Joaquinzinho, assumiu o cargo, mas faleceu em dezembro de 2022.
Agora, eleitores da cidade devem escolher entre duas candidaturas para gerir a cidade até o final de 2024. O vereador José do Lalá (PT) concorre com Batista da Mariana (PSD), que já havia sido candidato ao cargo em 2020, mas acabou derrotado pela chapa encabeçada por Dinho Nunes.
Mais de 8,8 mil eleitores estão aptos a votar no município nesta eleição suplementar. A votação ocorre entre 8h e 17 horas.
Quatro prefeitos em dois anos
Nos últimos dois meses, a cidade do Interior cearense teve dois gestores municipais diferentes. Com a dupla vacância no cargo de prefeito, quem deveria assumir de forma interina era o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza.
Em dezembro, a presidência era ocupada pela vereadora Joelma Xavier (PDT) que, então, assumiu a Prefeitura de Palhano. Ela agora concorre ao cargo de vice-prefeita.
Mas a gestão de Joelma Xavier durou apenas um mês. Isto porque, em janeiro de 2023, o vereador Simplício Galvão assumiu como presidente da Câmara Municipal, se tornando, assim, prefeito interino de Palhano.
As mudanças acabaram fazendo com que a cidade passasse pela inusitada situação de ter quatro prefeitos em pouco mais de dois anos – somadas as gestões de Dinho Nunes e de Chiquinho de Joaquinzinho.
Candidatos à Prefeitura de Palhano
Vereador mais votado em Palhano em 2020, José Luciano Silva, mais conhecido como José do Lalá, concorre pela primeira vez ao cargo de prefeito da cidade. Ele é sobrinho de Dinho Nunes – prefeito reeleito do município e que faleceu em abril de 2021.
Petista, ele tem com um dos principais apoiadores o deputado estadual Fernando Santana (PT), além de ter recebido declarações de apoio de importantes lideranças do Estado, como o ministro da Educação, Camilo Santana (PT), o governador Elmano de Freitas (PT), a senadora Augusta Brito (PT) e o deputado federal José Guimarães (PT).
A chapa tem ainda como candidata a vice a vereadora de Palhano Joelma Xavier (PDT), que chegou a exercer o comando da Prefeitura municipal, de forma interina, em dezembro de 2022.
O adversário do petista será Batista de Mariana (PSD). Ele foi candidato tanto em 2016 como em 2020 à Prefeitura de Palhano. Nas últimas eleições municipais, acabou ficando na 2ª colocação, com 39,08% dos votos válidos na cidade.
Agora, ele tenta mais uma vez chegar ao comando do Executivo municipal na mesma chapa com a qual concorreu em 2020, tendo Bier (PSD) como candidato a vice.
Batista é apoiado pelo ex-vice-governador Domingos Filho, presidente do PSD Ceará, além de parlamentares, como os federais Domingos Neto (PSD) e Luiz Gastão (PSD) e os estaduais Fernando Hugo (PSD), Lucílvio Girão (PSD) e Felipe Mota (União Brasil).
Orientações para nova eleição
As sessões eleitorais devem funcionar entre 8 horas da manhã e 17 horas. Segundo a Justiça Eleitoral, 8.872 eleitores estão aptos a votar para a Prefeitura de Palhano.
Para votar é preciso levar um documento de identificação com foto, como a carteira de identidade (RG), passaporte, carteira de categoria profissional, carteira de trabalho ou carteira nacional de habilitação (CNH).
Para quem já fez o cadastro biométrico, também será aceito o e-Título como forma de identificação para votar.
Quem não estiver em Palhano, pode justificar a ausência tanto no dia da votação – por meio do aplicativo da Justiça Eleitoral – ou depois da eleição, por meio de apresentação de documento que comprove o motivo da ausência. O prazo é de 60 dias.
Para quaisquer outras dúvidas, o TRE-CE também disponibiliza o Disque Eleitor, no 148.
Eleições suplementares no Ceará
Eleição suplementar em Pacujá também havia sido marcada para este domingo, mas acabou sendo suspensa após liminar do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes.
Após ser cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), o prefeito eleito de Pacujá, Raimundo Filho (PDT), recorreu ao TSE. A decisão de Moraes, nesta quarta-feira (1°), impede a realização de novas eleições até o julgamento do mérito do recurso pela Corte.
A eleição em Palhano, no entanto, não é a única realizada após o pleito de 2020. No Ceará, já foram realizadas outras sete eleições suplementares para as prefeituras municipais. Contudo, diferente do caso de Palhano, os novos pleitos ocorreram após a cassação da chapa eleita para o Executivo em 2020.
As novas votações ocorreram nas cidades de Baixio, Barro, Jaguaruana, Martinópole, Missão Velha, Pedra Branca e Viçosa do Ceará.