O ex-secretário de Segurança do Distrito Federal (DF) e ex-ministro de Jair Bolsonaro, Anderson Torres, será mantido em prisão separada de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do DF, após decisão da Justiça. Os dois são investigados por omissão na prevenção e combate aos atos terroristas que ocorreram na sede dos Três Poderes em Brasília.
A decisão se dá para "evitar prejuízos às investigações". A Justiça do DF comunicou o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no último dia 19 de janeiro. As informações são do g1.
Segundo a juíza da Vara de Execuções Penais Leila Cury, os dois deveria ficar em celas especiais de Estado Maior no Complexo Penitenciário da Papuda, mas a unidade entrou em superlotação por conta das prisões dos participantes em atos terroristas.
Anderson Torres ficará no Batalhão de Aviação Operacional da PMDF, no Guará. Já Fábio Augusto, será realocado para o Regimento de Polícia Montada, no Riacho Fundo.
Prisões após atos terroristas
O coronel Fábio Augusto foi preso no dia 10 de janeiro, após determinação de Alexandre de Moraes. O então comandante da PMDF foi apontado como omisso ao não se planejar para conter os atos dos vândalos no Palácio do Planalto, Congresso e no STF.
Já Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro pela Polícia Federal (PF) após chegar ao Brasil A prisão dele havia sido determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, como consequência dos atos terroristas.
A suspeita é de que Torres, que na ocasião era secretário de Segurança do Distrito Federal, em conjunto com setores da Polícia Militar e de militares, tenha atuado para facilitar a ação dos terroristas bolsonaristas. O ex-ministro nega.