A Executiva municipal do PT aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (17), apoio à candidatura de Sarto Nogueira (PDT) à Prefeitura de Fortaleza, no segundo turno da disputa. A informação tinha sido antecipada pelo PontoPoder. A deputada Luizianne Lins, entretanto, não se posicionou sobre o assunto. Segundo aliados, ela está "reclusa".
Foi consenso entre membros do partido que o PT atue para derrotar o candidato Capitão Wagner (Pros), apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), adversário da sigla petista.
A avaliação, segundo o presidente do PT em Fortaleza, Guilherme Sampaio, é de que o partido não pode ficar omisso na disputa.
"Queríamos agradecer ao povo de fortaleza pelo reconhecimento na disputa majoritária e na chapa de vereadores. Essa votação fala do reconhecimento do povo a Luizianne. Esse capital político (da Luizianne) é que vai decidir essas eleições e derrotar o fascismo expresso pela candidatura do Wagner no segundo turno", declarou Guilherme.
Luizianne não se manifestou
O apoio do PT à candidatura de Sarto foi dialogado com a ex-candidata à Prefeitura, Luizianne Lins, que faz oposição à atual gestão do prefeito Roberto Cláudio.
Ela, no entanto, ainda não manifestou a sua posição na disputa e pode não se envolver, em razão das divergências com o grupo político dos irmãos Ferreira Gomes que comanda o PDT.
"Luzianne tem clareza absoluta que a prioridade do PT em Fortaleza e no país é derrotar o bolsonarismo", analisou o líder petista.
Ataques
Inclusive, os ataques feitos por Sarto à Luizianne Lins durante a campanha no primeiro turno causou um mal-estar dentro do PT. A direção municipal do partido registrou essa situação e manifestou solidariedade à petista.
Lideranças petistas disseram que Sarto ligou para o grupo, manifestando o desejo de “refazer” a relação do PDT com o PT, que atualmente, na gestão de Roberto Cláudio, é de oposição. Mais que isso, petistas esperam que Sarto dê gestos concretos para superar as críticas feitas à Luizianne.
Segundo os petistas, Sarto argumentou ter feito críticas políticas e pediu ao partido que tratasse o assunto "em segundo plano" diante de uma "tarefa maior".