Movimentos suspendem manifestação do dia 15 em Fortaleza para evitar proliferação de coronavírus

A medida foi anunciada pelo conselheiro nacional de Juventude do Governo Federal, Carmelo Neto, e por Perpetua Aguiar, uma das líderes do movimento Conexão Patriota, após pronunciamento do presidente Bolsonaro

As manifestações de rua previstas para o próximo domingo (15), em Fortaleza, pró-Governo e contra o Congresso Nacional, foram suspensas para evitar a propagação do coronavírus. Por meio das redes sociais, Perpetua Aguiar, uma das líderes do movimento Conexão Patriota, principal organizador dos atos na Capital, informou que a decisão foi tomada após pedido do presidente Jair Bolsonaro.

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"Sobre a manifestação, Bolsonaro pediu cautela, pediu que a gente adiasse, e como nós decidimos que vamos realmente adiar. Provavelmente iremos remarcar para daqui a um mês. Nós vamos alinhar com todo o Brasil para fazer novamente", destacou.

O conselheiro Nacional de Juventude do Governo Federal, Carmelo Neto, informou, nesta quinta-feira (12), que os organizadores do eventos já estão informando os apoiadores sobre a suspensão.

"Eu estava indo para São Paulo para participar (da manifestação) na Avenida Paulista, mas a desmobilização, pelo menos dos organizadores, deve ser a nível nacional. A mobilização era pelo presidente, em apoio ao presidente. Se ele orienta que haja a desmobilização, assim será feito", justificou.

Ainda segundo ele, movimentos como o Endireita Fortaleza, Consciência Patriota, Conexão Patriota, Ceará Conservador, Oração por Bolsonaro, entre outros, já estão informando apoiadores sobre a suspensão da manifestação. Apesar da orientação, ele acredita que algumas pessoas devem ir de forma espotânea.

Em pronunciamento à nação na noite desta quinta-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pediu a seus apoiadores que não compareçam às manifestações de rua. Segundo ele, "uma das ideias é adiar, suspender". 

"Daqui a um mês, dois meses, se faz. Foi dado um tremendo recado ao Parlamento. O que devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas [pelo coronavírus], porque os hospitais não dariam vazão a atender tanta gente. Se o governo não tomar nenhuma providência, sobe e, depois de um certo limite, o sistema não suporta", ressaltou.

Ainda nesta quinta, Bolsonaro fez teste para o novo coronavírus. O resultado ainda não saiu. A medida foi necessário depois de um teste para coronavírus feito no chefe da Secretaria Especial de Comunicação da Presidência (Secom), Fabio Wajngarten, ter dado positivo, depois que eles voltaram de viagem ao EUA.

Confira no gráfico a evolução da doença no Brasil: