Confira quem deixou o primeiro escalão do Governo Bolsonaro

Carlos Decotelli é o 11º ministro a deixar a Esplanada dos Ministérios

Carlos Decotelli, que deixou o Ministério da Educação nesta terça-feira (30), é o 11º ministro a deixar o primeiro escalão de Jair Bolsonaro. 

Com a saída dele, que foi nomeado, mas não chegou a ser empossado, Bolsonaro chega à 13ª mudança (inclui duas trocas de Pasta) em ministérios em quase 18 meses de Governo. 

Além dos 11 que deixaram o primeiro escalão, dois mudaram de Pasta: Onyx Lorenzoni saiu da Casa Civil e foi para a Cidadania; e André Luiz Mendonça deixou a Advocacia-Geral da União para assumir o Ministério da Justiça depois da saída de Moro.

Dois ex-ministros também permaneceram no Governo: Floriano Peixoto saiu da Secretaria Geral e foi para a presidência dos Correios; e Gustavo Canuto deixou o Desenvolvimento Regional e foi para a presidência da Dataprev.

A equipe ministerial de Bolsonaro foi anunciada em novembro de 2018, com 22 nomes. Com a recriação do Ministério das Comunicações, Fábio Faria, empossado no dia 17, se tornou o 23º ministro.

Veja, abaixo, outros nomes que deixaram o 1º escalão do governo Bolsonaro, e quando:

18 de junho - Abraham Weintraub (Educação)

Abraham Weintraub foi o segundo ministro da Educação do atual Governo. Ele caiu após desgaste político com os ministros do Supremo Tribunal Federal, com a divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, em que disse: "Eu, por mim, colocava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF".

15 de maio - Nelson Teich (Saúde)

Nelson Teich deixou a pasta antes de completar um mês no cargo e após divergir de Bolsonaro sobre temas como uso da cloroquina e medidas de isolamento. Foi a segunda troca no Ministério da Saúde durante a pandemia do coronavírus.

24 de abril - Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública)

Sérgio Moro pediu demissão do cargo no Ministério da Justiça e da Segurança Pública no dia 24 de abril, acusando o presidente de tentar interferir nos trabalhos da Polícia Federal. O advogado André Luiz Mendonça assumiu a pasta.

16 de abril - Henrique Mandetta (Saúde)

Luiz Henrique Mandetta foi demitido do Ministério da Saúde em 16 de abril. Assim como Teich, Mandetta teve divergências públicas com o presidente sobre isolamento social durante a crise do coronavírus.

13 de fevereiro - Osmar Terra (Cidadania)

O ministro Osmar Terra saiu da pasta da Cidadania em fevereiro. Ele foi substituído por Onyx Lorenzoni, até então ministro da Casa Civil. O desgaste de Terra na pasta teve início em 2019, quando Bolsonaro decidiu transferir a Secretaria Especial da Cultura para o Ministério do Turismo em meio à uma crise na pasta.

6 de fevereiro - Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional)

O ministro Gustavo Canuto foi exonerado do Desenvolvimento Regional em fevereiro, mas foi realocado para a presidência do Dataprev. Canuto foi substituído por Rogério Marinho, secretário Especial do Trabalho e da Previdência.

21 de junho de 2019 - General Floriano Peixoto (Secretaria-Geral da Presidência)

O general Floriano Peixoto Vieira Neto saiu da Secretaria-Geral da Presidência em junho e foi nomeado presidente dos Correios. Jorge Antônio de Oliveira Francisco, advogado, major da reserva da PM e subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, assumiu o cargo.

13 de junho de 2019 - Carlos Alberto dos Santos Cruz (Secretaria de Governo)

O general Carlos Alberto dos Santos Cruz, da Secretaria de Governo, foi demitido em junho. A saída do ministro foi a primeira baixa de militar no governo Bolsonaro. Ele foi substituído pelo general Luiz Eduardo Ramos Baptista Pereira, comandante militar do Sudeste.

8 de abril de 2019 – Ricardo Veléz (Educação)

Ministro da Educação, Ricardo Veléz Rodriguez foi demitido em 8 de abril. Veléz enfrentava uma "guerra" no Ministério da Educação provocada por desentendimentos entre assessores. Foi substituído por Abraham Weintraub.

18 de fevereiro de 2019 – Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência)

Então ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno foi demitido em 18 de fevereiro, após sete semanas no cargo. Bolsonaro atribui a saída do ministro a "incompreensões e questões mal entendidas de parte a parte". Foi substituído pelo general da reserva Floriano Peixoto Neto. Bebbiano morreu de infarto em março deste ano.