O Fortaleza pode ter superestimado o São Paulo ou mesmo não ter se considerado capaz de enfrentá-lo de maneira mais ousada. O jogo foi fraco, sem nenhum grau de intensidade e o adversário do tricolor do Pici não foi o perigo que se supunha.
Numa estratégia marcada pela cautela, o Fortaleza se posicionou para o jogo de contra-ataque, colocando Yúri pelo meio e Deivid e Osvaldo pelos lados. Yúri, recebendo as bolas de costas para a zaga adversária, não produziu nada e os contra-golpes renderam duas situações, entre as quais uma com Bruno Melo, que Volpi salvou.Wellington paulista e Edson Cariús não devem ficar nada satisfeitos com isso.
Com a bola, o São Paulo buscava, sem sucesso, o lançamento longo ou o cruzamento na área, obtendo, num deles, o gol de Daniel Alves, arrastando Bruno Melo e a redonda no impulso.
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De resto, o time paulista mostrou-se excessivamente pobre individualmente e lento na elaboração das jogadas. Daniel Alves, como jogador cerebral no meio-campo do São Paulo, é uma dessas invenções lamentáveis para justificar o investimento do tricolor paulista.
Com o futebol do ano passado, o Fortaleza teria amassado a equipe do Fernando Diniz no Morumbi. No segundo tempo, o jogo conseguiu ser mais fraco ainda e o Fortaleza, afora uma bola chutada por Romarinho, apertou um pouquinho no final, para que a defesa paulista apresentasse dificuldades em se livrar da bola.
Alterações que não melhoraram em nada o jogo, não merecem considerações.
Quebrando um pouco o marasmo do primeiro tempo, o goleiro Felipe Alves quis fazer gracinhas, ao tentar driblar um atacante do São Paulo, e quase se complica.
Se me fosse dado o direito de apontar um placar para São Paulo e Fortaleza, ficaria tranquilamente com o 0 X 0.
Ninguém mereceu mais do que isso.