O time de Guto Ferreira enfrentou o Flamengo sabendo do que precisava ser feito.
Podem dizer: “ora, depois do jogo é fácil afirmar isso”.
Como numa discussão, reajo: “me deixem falar” !
É o seguinte:
O Alvinegro colocou-se defensivamente, armado para o contra-ataque, mas na retomada da redonda soube dar destino a ela, mesmo diante das dificuldades impostas a quem joga espremido.
Certo?
Outra: fez o Flamengo trotar ao invés de correr, tirando a velocidade do jogo.
Cadê as estocadas de Bruno Henrique, a rapidez necessária de Gerson, Éverton Ribeiro, Arrascaeta e Pedro?
Uma chance real com Arrascaeta no primeiro tempo, e o resto foi especulação por quem tinha a maior posse de bola.
Além de marcar com Vina, aos onze minutos, Léo Chu beliscou uma e Vina chutou fora um passe de Cléber em jogada de contra-ataque.
Segundo tempo uma pressão prevista no manual.
O Flamengo pagou o aluguel do campo de jogo, acumulou atacantes para furar os bloqueios, criou e perdeu chances, sendo nocauteado com o gol de Kelvin aos quarenta e dois, no segundo contra-ataque que levou.
O Flamengo usou todo o estoque de atacantes que tinha no banco.
O Ceará, no momento certo, fez entrar jogadores de contenção como William Oliveira e Charles, além de Saulo para o contra-ataque e Kelvin para atacar.
Para que tudo funcione, é preciso adicionar o equilíbrio emocional, o que o Ceará exibiu de sobra nos momentos em que foi pressionado.
Convencidos?
A defensiva merece elogios a partir do goleiro Richard.
O time todo, pelo futebol solidário.