Ex-presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB) admitiu à coluna a possibilidade de disputar uma vaga de deputado federal na eleição do ano que vem. Mas não quer ser só mais um em Brasília.
O movimento seria com objetivo claro de ser um dos protagonistas da nova legislatura, ao projetar ocupar a cadeira de presidente da Câmara dos Deputados.
Aliado do ex-presidente Lula, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto na corrida ao Palácio do Planalto, o cearense não teria dificuldades de receber a benção do petista para um dos cargos mais importantes do Congresso Nacional.
A primeira condicional para o cenário seria uma candidatura de Lula à presidência da República e, necessariamente, uma vitória do petista em outubro de 2022.
É claro que ainda há muita água pra rolar até o ano que vem. Chegar à presidência de um poder requer acordos nos bastidores do Congresso e convencimento de partidos de várias esferas ideológicas.
"Currículo"
Olhando primeiramente para o cenário local, Eunício praticamente descarta a possibilidade de disputar uma vaga no Senado, casa que ocupou por oito anos — sendo presidente nos últimos dois.
Demonstrando aproximação com o governador Camilo Santana (PT), o emedebista admite que o petista tem favoritismo para se eleger na vaga hoje ocupada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB).
Por outro lado, o ex-senador planeja conquistas diferentes para o currículo. Uma delas é ser o primeiro cearense a presidir o Senado Federal e a Câmara dos Deputados.
Abolição
Eunício, no entanto, ainda não descartou completamente também colocar no currículo a função que ainda não teve: a de governador do Ceará.
O sentimento partidário é que chegamos a essa posição: ou você disputa o Governo, que tem chance já que é uma eleição de dois turnos, ou você disputa vaga na Câmara
Pesquisas internas contratadas pelo partido projetando a corrida pelo Palácio da Abolição têm animado o ex-parlamentar. Seria a segunda disputa do ex-senador ao cargo. A primeira ocorreu em 2014, com derrota para Camilo.
Eunício fez questão de afirmar que não tem pressa para a decisão, e que ainda vai conversar com muita gente.