Em um manifesto assinado por importantes entidades empresariais da indústria, comércio e agropecuária do Ceará, os setores cobram da Enel "uma alternativa que reduza o impacto para o setor produtivo e a sociedade em geral", após o reajuste médio de quase 25% na conta de energia, que vale a partir de hoje (22)
As entidades ressaltam que o reajuste implicaria diretamente na perda de competitividade em relação aos demais estados, "em virtude dos elevados custos de produção com energia, gerando forte impacto na economia cearense".
Os setores solicitam maior flexibilidade da Enel na aplicação do reajuste e citam que o super aumento no Ceará supera o de outros estados nordestinos. Na Bahia, por exemplo, a alta é de 21,13%; no Rio Grande do Norte, 20,36% e em Sergipe, 16,24%.
Assinam o documento entidades de forte representatividade econômica, como a Fiec (Federação das Indústrias), a Fecomércio (Federação do Comércio), o Sindilojas, a FCDL (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas), o Sebrae-CE, a Faec (Federação da Agricultura e Pecuária), entre outras.
Leia o manifesto na íntegra
"Diante do anúncio de reajuste na tarifa de energia no Ceará, por parte da Aneel, com aumento médio de 24.85%. o Setor Produtivo do Ceará vem a público se manifestar.
Para o Setor, o referido reajuste implicaria diretamente na perda de competitividade em relação aos demais estados,em virtude dos elevados custos de produção com energia, com forte impacto no cenário econômico local.
As instituições aqui representadas se colocam à disposição da Enel Ceará para entendimentos e informações adicionais, ao passo que solicitam maior flexibilidade da concessionária na aplicação do reajuste, visto que o maior percentual de ajustamento indicado pela empresa foi justamente o destinado ao Ceará, 24,85%, com implicação ainda maior para o setor agropecuário (+32,7%). Na Bahia, o reajuste foi de 21,13%; Rio Grande do Norte, 20,36%; Sergipe, de 16,24%, e na Enel do Rio de Janeiro, aprovado em março, de 16,86%.
Certos da compreensão das implicações econômicas e sociais,do desenvolvimento do setor produtivo e da geração de emprego e renda, em importante momento de recuperação, reiteramos o interesse no diálogo permanente e numa melhor avaliação da questão. Entendemos ser indispensável que a Enel apresente uma alternativa que reduza o impacto para o Setor Produtivo e a sociedade em geral."