O resultado não agradou. O empate do Ceará diante do Sport-PE no Castelão deixou um sentimento de frustração entre os alvinegros. Nesta altura da competição, não se admite igualdade com concorrentes diretos. Já disse muitas veze que o returno é como o “tie break” do vôlei: tem que pontuar a cada lance. No caso do futebol, faturar três pontos por partida mesmo. Raciocínio simples: não tem jogo de volta. Então não há onde buscar os pontos desperdiçados. Ontem o Ceará deixou passar dois pontos dos três em disputa. O Vozão foi melhor nos dois tempos, mas não soube transformar isso em vantagem no placar. Verdade que a ausência de Vina teve peso significativa. Também as ausências de Brock, William Oliveira, Fabinho, Luís Otávio e Leandro Carvalho foram sentidas. Mas o Ceará tem de render o suficiente com os substitutos. Esperava-se mais de Lima e Vizeu. Sei que há de se compreender que Vizeu ainda está num processo de adaptação. Não conforta sequer a ostentação de seis partidas sem perder. Faturar três pontos ontem era obrigação. Devolver a derrota na Ilha uma necessidade. Não foi o que aconteceu. Daí o sentimento de que algo de bom deixou de acontecer.
“Quarteto fantástico”
Há muito eu não via uma entrevista tão séria, tão equilibrada, tão sensata, quanto a que o goleiro do Fortaleza, Felipe Alves, concedeu após o assalto sofrido pelo Fortaleza na Arena da Baixada. Os homens do VAR desta vez exageraram na falta de vergonha. O gol de Bergson, que seria o segundo dele, foi normal. O “quarteto fantástico” mandou anular. Parabéns, Felipe, pela entrevista.
Falta feia
O segundo gol do Athletico teve origem numa falta feia cometida sobre o zagueiro do Fortaleza, Paulão, que foi brutalmente derrubado. O árbitro Ramon Abatti Abel (SC) e o assistente Éder Alexandre (SC) não viram nada. O “Esquadrão” do VAR não viu nada. E fica por isso mesmo. Mais uma vez o Fortaleza vítima da incompetência da arbitragem. Ou virou perseguição mesmo?
Alerta
Na coluna anterior, transcrevi pesquisa do médico Russen Conrado sobre erros de conclusão e gols tomados na reta final dos jogos. O Fortaleza perdeu três chances claras de gol. E tomou um gol nos acréscimos. Verdade que foi prejudicado pela arbitragem tendenciosa, mas não se admite a perda de tantas chances como as que o Leão perdeu no primeiro tempo.
Faltam quatro rodadas para terminar a fase classificatória da Série C nacional. O Ferroviário segue na luta, a despeito dos tropeços seguidos. O empate com o Manaus na Arena da Amazônia poderia ser considerado bom porque fora de casa, mas deixou o Ferrão na incerteza.
O Ferroviário enfrentará, pela ordem, o Jacuipense no Domingão em Horizonte, o Paysandu no Mangueirão em Belém, o Imperatriz no Domingão também em Horizonte e o Santa Cruz em Recife. Não tem nada decidido ainda, mas o Ferrão tem que melhorar muito.