O novo desafio do Fortaleza

A Copa do Brasil recebe hoje o Fortaleza, campeão da Série B 2019. Essa competição teve início em 1989. Ganhou tantos regulamentos que mais parece uma colcha de retalhos. As mudanças sempre visaram a criar embaraços para os times menores. Os artifícios tornaram-se maiores desde que duas zebras monumentais, em anos seguidos, aconteceram. Em 2004 o modesto Santo André ganhou o título diante do Flamengo, no Maracanã. E em 2005, o também modesto Paulista ganhou o título diante do Fluminense no Estádio de São Januário. Antes da Copa do Brasil, havia a Taça Brasil (de 1959 a 1968). No início o regulamento era simples. Disputavam apenas os campeões estaduais. As complicações começaram em 1968, ano em que foi extinta. Na Taça Brasil, o Fortaleza foi finalista em 1960 e 1968. Na decisão de 1960, no Pacaembu, o Fortaleza perdeu para o Palmeiras (8 x 2). Na decisão de 1968, no Maracanã, perdeu para o Botafogo (4 x 0). Hoje começa o novo desafio do Leão. Recebe o São Paulo. Não faz muito, no dia 13 de agosto, no Morumbi, pela Série A, o São Paulo ganhou do Fortaleza (1 x 0). Placar injusto, máxime pelo melhor segundo tempo do Leão, que perdeu três claras chances na reta final.

Invencibilidade

O São Paulo experimentou séria crise no dia 30 de setembro recente, quando sofreu precoce eliminação da Libertadores, derrotado pelo River de Buenos Aires. Seu treinador, Fernando Diniz, balançou, mas não caiu. Reagiu na Série A nacional. Chegou ao G-4. Diniz fortaleceu-se após bater no Palmeiras (0 x 2) em pleno Allianz Parque. O time está há oito jogos sem perder.

Consistência

O Fortaleza também cresceu muito na Série A. Sua vitória sobre o Atlético-MG, líder do Campeonato Brasileiro, foi um primor de apresentação. Já não repetiu o mesmo desempenho no jogo passado em Curitiba. Mandou no primeiro tempo, mas jogou muito mal no segundo tempo. Deu empate. O Leão costuma crescer no Castelão quando diante dos times grandes da Série A.

Nada de folga

Errou quem avaliou que o Ceará teria uma semana de folga. Folga assim é quando se tem sete dias sem competição. Ora, o Ceará jogou domingo às 20h30 diante do Corinthians no Castelão. Volta a jogar no sábado no Maracanã. E tem a viagem para o Rio de Janeiro. Quando muito, cinco dias para trabalhos internos. Cadê a folga de uma semana?

Volta o drama da camisa nove do Ceará. A princípio se pensou que o problema estava resolvido com Clebão. Na Copa do Nordeste, na qual ele brilhou, tudo levou a crer que a situação estava resolvida. Veio o jejum de Clebão. Com o jejum, a cobrança.

Sobis às vezes faz a função, mas oscila. Não suporta os 90 minutos. Lá vai o Ceará à procura de um jogador que possa resolver de vez a situação. Ainda entendo que deveriam ter mais paciência com Clebão. Vejam a paciência de Ceni com David.