Competição internacional tem seus segredos

Legenda: O Ceará estreará na Copa Sul-Americana no dia 21 contra o Jorge Wilstermann no Castelão
Foto: THIAGO GADELHA

Dentro de sete dias o Ceará começará a primeira jornada internacional de sua existência. É um novo caminho que exige avaliações diferenciadas. Pouco importa se os adversários de agora não são os da elite continental. Há um conjunto de valores que precisam ser avaliados. A altitude tem de ser levada em consideração. Uma coisa é atuar ao nível do mar. Outra coisa é atuar onde o ar rarefeito traz desconforto respiratório. Cada detalhe deve ser criteriosamente estudado, visando a evitar surpresas. Cochabamba, onde deve jogar o Vozão, está a 2.570m de altitude. Antes da Copa do Mundo de 1970, em vista da elevada altitude de Guadalajara (1.567m) e Cidade do México (2.235m), a Seleção Brasileira foi bem antes para adaptar os jogadores. Esse fato fez a diferença. No tocante à qualidade dos adversários, a primeira impressão é de que o Ceará tem melhor qualificação. Tudo bem. Mas isso é apenas um indicativo que terá de ser confirmado. Nessa parte, valerá muito a experiência de atletas que já disputaram a competição e conhecem o caminho das pedras. O novo sempre traz preocupações.

Goleadores

Enquanto a jornada internacional não vem, vamos olhar para a Copa do Nordeste. O atacante Gilberto, do Bahia, é o artilheiro isolado com seis gols. O artilheiro do Ceará é Saulo Mineiro com três gols. No Fortaleza nove gols espalhados: Wellington, David, Bruno Melo, Gustavo Coutinho, Ederson, Matheus Jussa, Wanderson, Robson e Osvaldo.

Discriminação

Pode ser que o erro seja meu. Não tive paciência para pesquisar. Mas, nas informações que busquei, não encontrei especificados quantos gols cada goleiro sofreu. Há a lista dos atacantes que assinalaram gols. Deveria haver lista semelhante com os goleiros. Se há uma lista assim, não vi. Desculpem-me.

Paralisação

O Campeonato Cearense está comprometido. Entendo a decisão governamental que alega a necessidade de evitar a propagação da Covid. Tudo bem. Mas vale questionar: a Copa do Nordeste segue normal. Os campeonatos estaduais, na maioria das unidades federativas, também continuam. Isso gera contradição que precisa ser bem explicada.

Determinação

Fazer futebol no interior é desafio para os bravos. Como, sem atividade oficial, manter Guarany de Sobral, Icasa e Guarani de Juazeiro, Barbalha... Como contratar atletas? Como pagá-los? O mesmo argumento vale para os times da região metropolitana e alguns da Capital. A presidente do Atlético-CE, senhora Maria Vieira, já explicou o drama. É demais.