As confusas arbitragens dos incompetentes

São procedentes os protestos de Ceará e Fortaleza contra os prejuízos causados por alguns sopradores de apito que estão estragando os jogos. Árbitro bom é o que não aparece. É fantasma, invisível mesmo, que se notabiliza exatamente por ninguém dele dar conta. Não tenham dúvidas: é ruim o árbitro que surge acima do espetáculo. Em Botafogo 2 x 2 Ceará, no Engenhão, Diego Pombo errou ao expulsar Luiz Otávio, do Ceará, e errou ao expulsar Angulo, do Botafogo. Sem controle do jogo, quis se impor pelo grito e pelos cartões. Uma ridicularia desse senhor. A distribuição de cartões sugeriu exibicionismo ao "reality show", do qual ele foi eliminado em 2012, jamais adequado à discrição que se exige de um árbitro. No caso do Fortaleza, Marielson Alves expulsou Roger Carvalho em lance típico de amarelo. Na sequência da falta, a bola estava mais para o goleiro Felipe Alves do que para Felippe Cardoso. Não havia, pois, condição iminente de gol. Falta para cartão amarelo. A continuada gama de erros das arbitragens contra os clubes cearenses é notória. Não digo que esses árbitros são desonestos, mas posso afirmar que são incompetentes.

Dificuldade

O Fortaleza sentiu a marcação do Fluminense. Não foi o Fortaleza que se esperava. Inadmissível a desatenção de Felipe ao atrasar a bola que pôs em dificuldade Roger Carvalho. E daí a expulsão. Ora, se já estava difícil com o time completo, imaginem só com 10 homens a partir dos 11' da fase final. Daí a derrota, consequência da sujeira que o Pombo deixou.

Golaço

Clebão voltou a assinalar gol. Não um gol comum, mas um golaço no Engenhão. Fim do jejum. Agora mais descontraído, certamente Clebão renderá melhor. Mas é preciso observar que no plano interno haverá mais disputa em Porangabuçu com a chegada de Felipe Vizeu. A propósito, Vizeu estreará já na quarta diante do Santos.

No pé errado

Logo aos três minutos do jogo com o Fluminense, o Fortaleza foi ao ataque. Na cobrança do escanteio, a bola sobrou limpa para Carlinhos concluir. Clara oportunidade de gol. Carlinhos não foi incomodado por ninguém do Fluminense. Mas seu chute, com a perna direita, foi horrível. Levou Ceni à loucura. Bola de gol mesmo. Ótima chance perdida.

Mais uma vez o Ferroviário perdeu. Saiu do G-4 e fica numa situação desconfortável, faltando apenas cinco rodadas para terminar a fase classificatória. As demissões acontecidas no meio da semana certamente tiveram influência forte no ambiente interno.

Agora Ferroviário enfrentará o Manaus, na Arena da Amazônia, sábado (7), a partir das 17 horas. Claro que ainda está na luta e pode recuperar colocação no G-4. Mas o problema está sendo o nível da produção. Aí, está o maior desafio coral, ou seja, recompor a confiança.