Tom Barros

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Inquietações

É natural que com a aproximação da Copa aumente a preocupação dos brasileiros. Teremos a responsabilidade de acolher bem os visitantes e fazer a festa como recomendam as etiquetas. A Veja desta semana aponta os fatores que mais preocupam as autoridades do setor de segurança: manifestações, terrorismo, greves em setores estratégicos, apagões, dentre outros temores. As preocupações procedem, embora providências para neutralizar possíveis excessos estejam sendo tomadas. De qualquer forma as inquietações fazem sentido. O Brasil já foi um país em paz.

Imperfeito. O secretário-geral da Fifa, francês Jérôme Valcke, sempre criticou o Brasil pelos atrasos nas obras para a Copa. Tudo bem. Mas nunca engoli o seu jeito de criticar, com ar superior, como se tudo na França tivesse sido perfeito.

Melhor caminho

A maioria dos torcedores do Ferroviário com quem conversei quer o retorno coral à Série A cearense, não pelos oblíquos caminhos do tapetão, mas pelos honrados resultados a serem conquistados nos gramados. Não aceitam o discurso dos que defendem o tapetão.

Sem glória

Os que pregam a ida ao tapetão alegam que os adversários corais que cometeram irregularidade devem ser punidos. Ainda assim o Ferrão ficará manchado por subir, não por seus méritos, mas pelos erros alheios. Que glória há nisso?

"As pessoas têm que entender que associar a Copa com as manifestações é  um erro".

Ronaldo Nazário
Ex-jogador, pentacampeão mundial pelo Brasil, atualmente membro do Comitê Organizado da Copa 2014

Franceses

Primeiro a revista France Football criticou a Copa no Brasil. Dizem que a tradução nas redes sociais não foi fiel ao texto original porque o ampliou a bel-prazer e até inseriu colocações não feitas pela revista. Cada leitor, via internet, pode tirar conclusões. Vale a pena.

Franceses II

Já a revista So Foot comparou a um bordel a Copa no Brasil. Os franceses têm razão em muitas coisas, mas lá em 1998 eles não fizeram uma Copa primor de organização e segurança. Estive lá e durante a Copa vi assaltos no metrô e greves em setores estratégicos.

Malas na pista

Em 1998, na Copa da França, quando o avião da Varig pousou em Paris, o comandante avisou que as malas seriam colocadas sob as asas da aeronave para que cada passageiro identificasse sua bagagem. É que os aeroportuários de Paris estavam em greve.

Greve

Sim, os aeroportuários de Paris em greve semanas antes da Copa, justo na chegada do maior fluxo de turistas. Pegamos as bagagens na pista e formos a pé ao terminal, numa distância enorme. Se fosse aqui... Mas foi da certinha Paris, do senhor Valcke.

 Imagens da Copa. 1994. Estádio Rose Bown em Los Angels, Estados Unidos, onde o Brasil conquistou nos pênaltis o tetra mundial. Romário ergue a taça, repetindo o gesto de Bellini em 1958, de Mauro em 1962 e de Carlos Alberto Torres em 1970. Romário foi merecidamente eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1994. O Baixinho, hoje deputado federal, fez mesmo a diferença.