Tom Barros

Basta um empate sem gols

Bom o jogo no Pituaçu. Errou quem pensou que o Vitória de Juan, Cáceres, Escudero e Dinei iria mandar em campo. Não mandou. O Ceará dominou na maior parte do tempo. Ricardinho estabeleceu seu belo futebol, seguido por Magno Alves e Souza. A marcação esteve bem com o combativo João Marcos ao lado de Leandro Brasília. Na fase final, a entrada de William tornou o Vitória mais agudo e criativo. Jogo ficou aberto com chances de lado a lado. Magno Alves fez 1 a 0. Mas a resposta baiana veio forte: Marquinhos desperdiçou grande chance e no minuto seguinte Dinei empatou. Na sequência, o Vitória apertou mais e William obrigou Luis Carlos a fazer notável defesa. O resultado foi justo. Bom para o Ceará que no PV jogará por um empate sem gols para ganhar a vaga.

Escolha. Só havia espaço para homenagear com foto um tricolor pela exibição de ontem. Optei por Danilo Rios pelos dois gols. Mas Waldison também fez dois. Sim mas na escolha ganhou Danilo pelo sorriso aberto e mão a encobrir a calvície

Observações

Magno bem no jogo. No primeiro minuto, quase fez 1 a 0. Aos 20 da fase final marcou 1 a 0. E aos 24, Bill atrapalhou, desviando a bola que seria o segundo gol de Magno. Mas o nome do jogo foi Ricardinho, seguido de Willam, do Vitória, que fez belo segundo tempo.

Ensaio

O Fortaleza fez do jogo com o Itapipoca uma espécie de ensaio para o segundo turno que vem aí. Um show de bola e um interminável rosário de gols. Não lembro a última vez em que houve goleada assim. E o Ita ficou mais distante do G-4.

"Bastou uma desatenção para sofrermos o gol, numa surpresa que veio de trás. Mas valeu pelo ponto conquistado".
Sandro
Zagueiro do Ceará

Destino coral

O Ferroviário, mesmo tendo mudado de técnico, demorou demais admitindo a sequência dos atuais erros. Parece ter esquecido as lições de 2012 quando foi rebaixado, mas salvo porque Crateús contou errado os cartões. Agora novamente pendurado. Destino incerto.

Definição

Horizonte e Quixadá fazem amanhã no Domingão o jogo G-4. Há vantagem do Galo nos pontos e saldo de gols, mas perde no número de vitórias. Se o Quixadá ganhar, ultrapassa nos dois primeiros critérios. Na rodada final, Quixadá pega o Ferrão e o Horizonte, o Leão.

Fracasso

Pelo histórico recente e positivo do Guarany diante dos pernambucanos, imaginei que o Bugre até poderia perder para o Santa em Recife, mas jamais por 3 a 0. O Santa dos velhos conhecidos Vica, Tiago Cardozo, Oziel, Panda, Raul e Jefferson Maranhão...

O troco

Terá o Guarany força mental para superar o desencanto que veio com a goleada sofrida em Recife? É difícil. Vale lembrar: sem poder sofrer gol do Santa no Junco. Para cada gol do Santa no Junco, o Guarany terá de marcar dois. Mas em mata-mata tudo é possível.

Recordando. Do leitor Wagner das Graças Monteiro recebi a súmula do jogo que entrou para a história pelo aplauso da torcida alvinegra ao atacante do Calouros Gildo, eterno ídolo do Ceará. Gildo, embora no Calouros, foi intensamente aplaudido pela torcida alvinegra. O jogo foi no PV no dia 31 de maio de 1972. O Calouros venceu por 4 a 2, um gol de Mesquita (de pênalti) e três gols de Piçarra. Descontaram para o Ceará Da Costa (de pênalti) e Erandir. O Calouros do Ar formou com Jorge Hipólito, Mesquita, Décio Pelé, Peçanha e Neto; Juciê (Rubens) e Zezinho; Chico Alves, Facó, Gildo e Piçarra. Ceará : Hélio, Paulo Tavares, Artur, Nagel e Carlindo; Luciano Oliveira e Joãozinho (Belo); Marco Aurélio (Edmar), Erandir, Jorge Costa e Da Costa. Juiz: Leandro Serpa; auxiliares Nakor Arouche e Odilon Ricardo (Luciano Saboia).