Tom Barros

Tricolor no embalo

Hoje, em João Pessoa, o Fortaleza busca a consolidação da imagem vitoriosa deixada sábado passado no Castelão. No embalo do triunfo sobre o Ceará, o tricolor enfrenta o Botafogo/PB, que até agora não ganhou de ninguém. Há momentos em que são conjugadas forças positivas. O Leão vem de uma vitória sobre o River (2 x 0) pela Copa do Nordeste e sobre o Ceará (2 x 1) pelo Campeonato Cearense. Antes, teve de superar fortes turbulências internas que culminaram com a saída do técnico Nedo Xavier. O retorno do treinador Marcelo Chamusca representou o reencontro de um sonho sonhado, mas não vivido. Um sonho ainda realizável em todas as frentes. E taí o Leão outra vez tendo ao seu alcance metas que, não faz muito, pareciam definitivamente perdidas. Vai no embalo.

Ajuste

Nem tudo está arrumado no Pici. Alguns ajustes são necessários para corrigir desatenções. Relembrem o lance em que Ricardinho fez Ceará 1 a 0. Ele recebeu a bola na área tricolor, errou o chute e ainda, sem ser combatido, teve tempo para recompor-se e marcar o gol. Adalberto não chegou. Lima não chegou. Ninguém do Fortaleza chegou. É preciso ajustar esta parte.

Avanços

Wanderson e Vinícius Hess criam bons momentos no ataque do Fortaleza pela esquerda. Inclusive de uma jogada dos dois nasceu o cruzamento que resultou no gol de Daniel Sobralense sobre o Ceará. Mas vale uma observação. Esse tipo de incursão deveria ser mais constante. Tanto Wanderson quanto Hess têm qualidades para isso. Só é preciso que acreditem mais.

Recordando

Década de 1960. Ceará Sporting Club. A partir da esquerda (em pé): William Pontes, George, Alexandre Nepomuceno, Zezinho, Benício e Carneiro. Na mesma ordem (agachados): Carlito, Ivan Carioca, Gildo, Ernane e Expedito Chibata. Observem a camisa do Ceará sem o escuto. O meia Ernane foi um dos mais habilidosos jogadores que conheci. A bola era Drible, a mais famosa marca da época. (Coleção de Elcias Ferreira).

Patrimônio

O Ferroviário tem de ser fortalecido para o bem do próprio futebol cearense. O tamanho e a história do Ferrão não cabem na segunda divisão, máxime com o patrimônio que tem o time coral. Aceitável tal situação apenas como fase transitória. E efêmera. Mas as primeiras produções corais este ano têm gerado incertezas.

Apoio

Grupo de torcedores do Fortaleza no grande Montese irá em peso ao lançamento do livro do jornalista Sílvio Carlos no Sindibar do Sindicato dos Jornalistas (Rua Joaquim Sá, 545, Dionísio Torres), sexta-feira, 7 da noite. Sílvio acertou com Bruno Bayma, diretor de Marketing do Leão, o sorteio, no ato, de uma camisa oficial do clube.

Quer mais

Daniel Sobralense está entusiasmado. Seu gol no clássico foi de grande importância porque acendeu o Fortaleza que estava perdendo por 1 a 0. Daniel afirma que o conjunto tem valor e potencial para alcançar os objetivos traçados. Ouvi dele numa entrevista: "Eu me sinto muito feliz. O grupo é bom, unido. Ainda teremos muitas outras vitórias aqui".

Destaque

O atacante do Icasa, Núbio Flávio, tem sido um dos destaques do futebol cearenses. Assinalou um dos gols mais bonitos do campeonato estadual ao driblar dentro da área três jogadores do Quixadá. Em 2011 Núbio foi campeão brasileiro Sub-20 pelo América/MG. Ele começou aos 7 anos de idade no Olaria. Depois foi para o Vila Nova do Quitandinha. Daí para o Acesita. Destacou-se no Tupi/MG na Série C nacional. Agora faz a diferença no Icasa. Aos 22 anos de idade, tem futuro promissor.