Sinal verde no Romeirão
O Icasa, que Vladimir de Jesus disse ter futebol e muita fé, projetou em campo pensamento de seu treinador. Fez da crença uma verdade e com mérito ganhou. Ivolnaldo foi o melhor. Nilson e Lucas os definidores. O Ceará repetiu os mesmos equívocos que fazem da defesa alvo vulnerável. Consequência da falha marcação desde a meia-cancha. O Ceará teve apenas um lampejo que lembrou o bom time do primeiro turno: o lance criado por João Marcos, sequenciado por Bill e concluído com o gol de Magno. Só. Procurei o Ceará que já deu show de bola há algum tempo. Não encontrei. Sumiu nas brumas das ilusões. Ceará ainda teve sorte, pois os concorrentes também tropeçaram. Ao Icasa, sinal verde aberto no Romeirão: aumentou a chance de sair da zona maldita.
Recordando
Década de 1960. Ferroviário Atlético Clube. A partir da esquerda (em pé, só os jogadores): Jurandir, Douglas, Gomes Roberto, Coca-Cola e Barbosa. Na mesma ordem (agachados): Lucinho, João Carlos, Facó, Edmar e Paraíba. Minha memória já não anda tão boa. O senhor de branco, à esquerda, eu conheço e na época muitas vezes com ele conversei. Hoje, não me veio o seu nome. Quem me socorre? (Colaboração de Elcias Ferreira).
Diferença
Com todo respeito ao time do Macaé, não há como comparar sua história com a do Fortaleza. Basta verificar os números. O público pagante lá, no Moacyrzão, foi 3.520 pagantes. Isso num jogo de ida, valendo vaga para a Série B. Defesa Civil liberara 15 mil lugares. A diretoria do Macaé colocou à venda 10 mil. Vendeu 3.520. Aqui no Castelão a previsão é de 63.300 pagantes.
História
Nem sempre história e tradição "entram" em campo. Exemplo na própria decisão do Fortaleza contra o Oeste, um time menor, que terminou eliminando o Leão. Mas, no meu entendimento, a tradição de um clube pesa, sim. Imaginem quando os times daqui vão ao Maracanã. Só raramente conseguem a vitória. Os tradicionais do Rio geralmente ganham.
Ferrim/Ferrão
Há torcedores do Ferroviário que não gostam de ver o time ser chamado de Ferrim porque interpretam a palavra como diminuição. Daí só aceitam Ferrão porque passa a ideia de grandeza. Prefiro Ferrim porque traduz carinho, afeto, admiração. É assim como chamam Verdinha, a maior emissora de rádio do Ceará. É carinho, gente.
Critérios
Para não haver dúvidas sobre os critérios de classificação da Taça Fares Lopes, lembro que não há peso "2" para gol fora de casa. Os critérios são: I. Maior número de pontos ganhos nos dois jogos da fase semifinal; II. Melhor saldo de gols nos dois jogos da fase semifinal; III. Melhor campanha nas fases anteriores.
Paciente Cametá
Detesto árbitro arrogante e espalhafatoso. Alinor Silva da Paixão (MT) é um deles. Só faltou bater no ala do Leão, Tiago Cametá, em Macaé. Após reclamação de Cametá, Alinor, chispando fogo pelas narinas, olhos arregalados, parecendo um monstro, partiu para cima de Cametá. Espero que o senhor Luiz Flávio de Oliveira, que apitará o jogo de volta, adote aqui postura bem diferente.
Aí é Ferrim, meu filho! Ferroviário anima-se, pois pode chegar à decisão da Taça Fares Lopes, embora tenha perdido para o Icasa o jogo de ida em Juazeiro (1 a 0), o que dá ao Verdão a vantagem do empate. Agora, se vitória coral aqui, o desempate será no saldo de gols; se empate no saldo de gols, ganhará a vaga quem tiver melhor campanha nas fases anteriores. O jogo será terça, 28. Hoje lembrei o slogan que fez o maior sucesso nos anos 60, criado pelo ex-narrador Oliveira Ramos: "Aí é Ferrim, meu filho"!