Coincidência do Destino
Na década de 1950, vi o Fortaleza numa sede provisória, modesta casa alugada na Rua Júlio César, perto do PV. Hoje, quando o Leão chega aos 96 anos, contemplo o Estádio Alcides Santos e a moderna sede tricolor no Pici. Contemplo o CT Ribamar Bezerra em Maracanaú. Contemplo uma história que já registrou o Fortaleza na Série A nacional. História que teve também suas frustrações como há cinco anos a queda para a Série C. Hoje, por uma dessas coincidências do destino, no dia de seu aniversário, o Fortaleza pode iniciar em Macaé a caminhada em busca de nova ascensão. De 18 de outubro de 1918 a 18 de outubro de 2014, títulos marcantes. De cada geração, a doação, o amor, o desprendimento, o acreditar sempre, o lutar sempre, o vibrar sempre, a fidelidade sempre.
Recordando
Neste time do Fortaleza, Geraldino Saravá, o maior artilheiro da história do Castelão. Década de 1970. A partir da esquerda (em pé): Lulinha, Alexandre, Renato Cogo, Artur, Otávio Souto e Paulo Maurício. Na mesma ordem (agachados): Luizinho (não confundir com Luizinho das Arábias), Amilton Melo, Lucinho, Chinesinho e Geraldino Saravá. Vejam que, do quadrado de ouro, só não está na foto Zé Carlos. (Acervo de Elcias Ferreira).
Diferenças
Não há jogo fácil no mata-mata. Por isso, ainda que no dia do aniversário tricolor, é preciso a devida separação de ações para não desviar a atenção do grupo. Fora de campo, festa; dentro de campo, luta. Fora de campo, delírio; dentro de campo, responsabilidade. Fora de campo, impulsos da paixão; dentro de campo, comandos da razão. Agora, é esperar.
Situações
Dia de aniversário é dia de receber presente. No caso do Fortaleza, se ganhar com placar superior a dois gols, ouro; se vitória simples, prata; se empate com gols, bronze. Já um empate de 0 x 0 não seria interessante. No caso de derrota do Leão, seria um presente grego. Ainda assim, se com mínima diferença de gols, nada de assombros. Dá para contornar no jogo de volta.
Liderança
Cálculos de cada um. Enquanto o Ceará tem a pretensão de ganhar do Joinville para retornar ao G-4 e assumir a terceira colocação da Série B, o Joinville tem objetivo mais ousado: quer ganhar do Ceará e torcer por derrotas da Ponte Preta e do Vasco da Gama, resultados que o deixariam na liderança da competição.
Cuidado especial
A marcação alvinegra deve estar muito atenta à movimentação do meia Marcelo Costa, do Joinville. Em menos de dois anos no clube, ele já pontifica como artilheiro quando enfrenta o Ceará: marcou cinco gols em três partidas. No jogo de hoje, portanto, não ha como perder de vista esse carrasco, que não passa batido em confrontos com o Ceará.
Retorno
Ricardinho volta na hora certa. Vantagem deste retorno: com ele ampliadas estão as chances de gol em conclusão de longa distância e também em cobranças de falta. Ele pode não ser a pessoa ideal no combate ou no desarme, mas garante melhor saída de bola ao ataque, já por lançamentos precisos e perfeita leitura de jogo. Um dos atletas mais importantes do atual elenco.
Sábado alegre
Nome do programa do meu amigo, Will Nogueira, na TV Diário. Mas aqui vale a qualificação de um sábado que tem tudo para fazer a alegria de tricolores e alvinegros. Ambos distantes aqui da terrinha, mas ambos com os mesmos sonhos e os mesmos objetivos de vitória e de realizações. É o futebol cearense em campos distintos, séries distintas e estados diferentes. Pela rivalidade, a maioria das torcidas quer o insucesso do rival. Eu penso diferente. Para mim, vitória de ambos seria o ideal.