Tom Barros

Manutenção do ritmo

O empate do Fortaleza em João Pessoa diante do Botafogo não altera em nada o ótimo ambiente no Pici. O Leão está trabalhando sereno sobre as vantagens conseguidas, não precisando de esforços além dos necessários para manter o objetivo de ajustes e testes na reta final da fase classificatória. Vejo o Fortaleza em tempo de espera. Mas uma espera responsável, consciente de que não pode deixar cair o ritmo que o levou à privilegiada posição de líder inalcançável. Creio que não será diferente no seu último jogo diante o Asa. Depois, sim, o mata-mata. E o Leão pronto para ultrapassá-lo.

Advertência

Do médico Russen Conrado: "Parece que o resultado no futebol é assim mesmo, meio a esmo. A inteligência é preterida, quando deveria ser acolhida e perseguida. Mas fico feliz e me completo por minha vontade de, com mensagens, tentar ajudar o Ceará".

Advertência 2

Russen concluiu: "Quando as pessoas ficam mais velhas descobrem o valor das verdades, mais que das vaidades. Espero que os atletas do Ceará acordem, antes que cheguem ao cerne da tempestade, da insatisfação e da derrota".

"O mata-mata ainda está longe. Vamos concluir a fase classificatória para depois concentrar as atenções no adversário que vier".

Robert
Atacante do Fortaleza

Tempestade

Sobre as opiniões do médico Russen Conrado, sempre admiti muita lucidez nas suas colocações, embora seus críticos as considerem obvias. No caso presente, por exemplo, o Ceará pode até não estar ainda experimentando as consequências de uma terrível tempestade, mas entrou de cara no clima da insatisfação e da derrota.

Absurdo

Vitória do Icasa sobre o ABC (1 x 0), após dez jogos sem vencer, traz esperança, embora ainda complicada sua posição na zona de rebaixamento. Agora, o que não dá para entender nem aceitar é ver um jogador como Lucas Gomes ser expulso por desentendimento com Ivonaldo, seu companheiro de equipe. Um absurdo.

Mesma tecla

Todos os anos, por essa época, o presidente da FCF, Mauro Carmélio, depara-se com o mesmo problema: falta de datas para um Campeonato Cearense um pouco mais extenso. Clubes pressionam, mas Mauro nada pode fazer. O Calendário da CBF não deixa dúvida: o objetivo é levar os "estaduais" à extinção, tornando-os sempre mais minguados. Está difícil.

"Fuzilado"

Luis Carlos, goleiro do Ceará, orientou bem a barreira na cobrança de falta favorável à Ponte. João Carlos bateu. Um canhão. A barreira abriu. Luiz Carlos foi fuzilado. Se é para abrir daquele jeito, melhor não ter barreira, amigos. Inadmissível.

Recordando

"No dia 5 de outubro de 1960, Gildo chegou contratado pelo Ceará ao Santa Cruz/PE. Veio com Dunga, Almir e Ernani, acompanhado por Janos Tatray que havia sido encarregado pelo presidente do Ceará de conseguir reforços em Recife e Campina Grande e, ao mesmo tempo, acertar uma temporada. Mal os três chegaram, seguiram com o Ceará para Caruaru e Campina Grande. O primeiro jogo e o primeiro gol de Gildo pelo Ceará aconteceram no domingo, 9 de outubro de 1960, em Caruaru, na vitória sobre o Central (2 a 1). O outro gol foi do ponta-esquerda Jair. A torcida do Ceará, que não presenciou tal feito, nem imaginava que aquele jogador, Gildo, seria em pouco tempo o maior ídolo alvinegro, admirado por toda a torcida cearense". (Colaboração do leitor Wagner das Graças Monteiro - Rua Costa Barros, Aldeota).