Tom Barros

Últimas etapas

O Fortaleza inicia hoje, diante do Treze/PB, no Castelão, a etapa de três jogos que lhe restam para completar a fase classificatória. Depois, irá a João Pessoa enfrentar o Botafogo e fechará com o Asa/AL no Castelão. São três momentos importantíssimos para o grupo. Os ajustes definitivos devem ser processados agora, pois o mata-mata não mais comportará os tropeços cometidos pelo Leão nos três jogos mais recentes: 1 x 1 com o Crac, 0 x 0 com Paysandu e derrota para o CRB (3 x 0). A última vitória do Fortaleza foi no dia 25 de agosto, em Marabá, quando marcou 2 a 0 no Águia. Desde então, passou a impressão de que a missão já estaria cumprida. Houve o que chamo de acomodação inconsciente. Isso não pode acontecer, pois provoca perigoso risco.

Imperceptível

A acomodação inconsciente é a que chega lentamente, quase imperceptível, justo porque o grupo é tomado pela certeza que pode dormir em berço esplêndido, tal a diferença de pontos a seu favor. Não deixar que tal acomodação aconteça é a missão do treinador. Ele tem de se antecipar, pressentir que acomodação assim começa a acontecer.

Crise

O Treze enfrenta série crise. O técnico Everton Goiano é o terceiro que tenta ajustar o time. Antes, Leandro Sena fracassara na missão, sendo substituído por Givanildo Oliveira, que também fracassou. O Treze há três jogos não sabe o que é vencer: só empatou com Águia (1 x 1), Crac (0 x 0) e CRB (1 x 1). Há um clima de incerteza e dúvidas no time paraibano.

Cobranças

Eduardo, do Ceará, tem bom futebol, mas pode jogar muito mais. Inaceitável sua oscilação: num jogo, dá show de bola; noutro, sumiço. Quem precisa justificar sua contratação é o atacante Lima. Dele esperava mais no jogo em que começou de início contra o Avaí. Lima não me parece à vontade. Falta algo. Papo com o Sérgio, cara.

Notas & notas

Espantosa a dívida dos clubes brasileiros, conforme lista da Procuradoria da Fazenda Nacional. Mais espantosa é a dívida do Real Madrid no "organizado" futebol europeu. O Real deve "apenas" 602 milhões de euros (R$ 1,8 bilhão). A torcida pede a imediata demissão do presidente Florentino Pérez. Feia a coisa.

Artilharia

Bill, de volta. Foi sentida a ausência dele contra o Avaí. Bill precisa ampliar o seu índice de aproveitamento, se quiser pelo menos encurtar a distância que o separa de Magno Alves. Na artilharia da Série B, Magno lidera com 15 gols. Bill marcou seis. O terceiro artilheiro do Ceará é o zagueiro Sandro, quatro gols. O Ceará não pode continuar depender tanto e só dos gols de Magno Alves.

Recordando

Década de 1970. Ceará. A partir da esquerda (em pé): Mauro Calixto, Mauro Cruz, Pedrinho (também chamado de Pedronito), Artur, Carrete e Carlindo. Na mesma ordem (agachados): Lima, Gildo, Epanor Victor, Edmar e Da Costa. Detalhes: Mauro Calixto está muito bem e há algum tempo esteve no Debate Bola. Faz tempo não tenho notícias de Pedronito (morava em Recife), Carlindo, Lima e Epanor Victor. (Acervo de Elcias Ferreira).

 

Opiniões divididas. 

O fato de Fortaleza e Ceará terem ficado no mesmo grupo da Copa do Nordeste 2015 gerou polêmica e divididas opiniões. Eu entendo que a repetição de clássicos (quatro só no primeiro trimestre) acaba tornando comum ou banalizando uma "mercadoria" que deveria ser preservada. Compreendo os argumentos contrários, máxime quando tomam por base o aspecto financeiro da questão, mas lembro: repetição demais pode tornar comum o que deveria ser sempre muito especial.