Tom Barros

Sofreguidão abrangente

Hoje o Ceará não joga, mas fica de olho nos principais times concorrentes: Ponte Preta e Vasco da Gama. Agora, não basta apenas o Vozão fazer a parte que lhe cabe. Tem também de torcer por tropeços dos adversários mais incômodos. Um tropeço da Ponte Preta diante do Oeste ajudaria muito ao Ceará. Da mesma forma um tropeço do Vasco diante do Náutico também seria ótima contribuição. Daqui até o fim do certame deverá ser constante a alternância nas primeiras posições. Além de as equipes trafegarem num patamar próximo, a qualidade entre elas não difere muito. A oscilação tem sido constante nos times que ocupam os primeiros lugares. No evoluir das rodadas, certamente haverá indefinição progressiva, numa sofreguidão cada vez mais abrangente.

Recordando

Década de 1960. Ceará. A partir da esquerda (em pé): Hermínio, William Pontes, George, Alexandre Nepomuceno, Benício e Carneiro. Agachados: Carlito, Luciano, Gildo, Ivan Carioca e Ernane. Morreram William, Benício, Carneiro e Carlito. Não tenho notícias de Hermínio, Luciano, Ivan Carioca e Ernane. Gildo é meu vizinho na Gentilândia. Alexandre mora na cidade dos Funcionários. (Acervo de Elcias Ferreira).

Expectativa

O Fortaleza teve a seu favor uma semana livre para ajustar o time. Jogou no domingo, dia 14, e só volta a jogar segunda-feira. Ótimo para Chamusca chamar a turma à responsabilidade, pois as três rodadas seguidas sem vitória geraram forte desconforto perante a torcida. Dúvida levantada até sobre se o time estaria mesmo preparado para o mata-mata.

Em campo

A resposta do Fortaleza às inquietações e dúvidas da torcida terá de ser dada em campo diante do Treze na segunda-feira. A rigor, houve visível retração. Acomodação inconsciente, já pela vantagem obtida, ou queda de produção mesmo? Essa questão é muito subjetiva. Dependendo da postura do time em campo, será possível uma conclusão a respeito do assunto.

Charme

A Copa do Nordeste cresceu em importância, charme, visibilidade e premiação. Valeu a inclusão de times do Maranhão e do Piauí na versão 2015. Só não gostei da presença de Ceará e Fortaleza no mesmo grupo. "Queima" o clássico pela dupla repetição que pode ocorrer num curto período, ou seja, pela Copa e pelo Campeonato Cearense.

Crises

O Icasa, em crise, enfrenta um Santa também em crise. O Santa, após a queda do técnico Sérgio Guedes, vive período de transição. O Icasa, na zona maldita, vive os tormentos de mudanças infindáveis, o que dificulta o trabalho do técnico Vladimir de Jesus. Vantagem do Santa: ainda está na faixa intermediária e o jogo é no Arruda.

Dificuldades

Tenho acompanhado atentamente as entrevistas do técnico do Icasa, Vladimir de Jesus, em reportagens feitas por Lorena Tavares. Ele não esconde as dificuldades, já por tantas mudanças no time e no elenco. Isso retarda a automação, fato que torna a equipe mais vulnerável em decorrência de tantas e necessárias improvisações. Haja problema!

Imperdível

Amanha, às 20 horas, no Debate Bola, TV Diário, matéria especial sobre o primeiro jogo realizado no PV: Ferroviário 1 x 0 Tramways/PE. O PV havia sido inaugurado com um show no dia 14 de setembro, mas o primeiro jogo foi no dia 21, uma semana depois. Portanto, amanhã, dia 21, faz 73 anos dessa partida. Veja depoimentos de ídolos da década de 1960 como Alexandre Nepomuceno e Pedrinho Simões. O pesquisador Airton Fontenele viu o jogo inaugural e falará sobre o assunto.