Hora de flexibilizar
Há muito o futebol cearense não obtém vitória no Paraná. Chegou a hora. A rodada cheia de hoje, Série B, encontra o Ceará pressionado pela Ponte Preta. Basta um empate com o Paraná e vitória da Ponte sobre o ABC para o Vozão sair do G-4. Margem reduzida. O Ceará, quando líder, chegou a colocar seis pontos sobre o segundo colocado. Hoje, padece o aperto dos times em ascensão, fato que o deixa na aflitiva situação de não poder perder. Principal motivo do retrocesso: a sequência interminável de gols evitáveis que o time vem sofrendo. O equívoco é da defesa ou da falta de proteção na frente da área? As duas coisas, creio. Sérgio Soares pode não abrir mão da vocação ofensiva, mas tem de flexibilizar, dando melhor consistência à marcação. Se assim não fizer, terá problemas.
Recordando
Pelé aos 15 anos de idade, nesta foto batida em 1956, exatamente no dia em que foi apresentado aos dirigentes do Santos na Vila Belmiro em Santos/SP. Belo sorriso, puro, sem malícia, de um garoto que dava seu primeiro passo rumo à glória. Dois anos depois, aos 17 anos de idade, com esse jeito de menino e futebol de adulto, Pelé seria consagrado na Suécia, ganhando seu primeiro título mundial pela Seleção Brasileira.
Ataque
Outro detalhe importante: o ataque do Ceará com Magno Alves é um, mais perigoso, mais ativo; o ataque sem Magno é outro bem diferente, pois perde na qualidade dos passes e nas finalizações. Sérgio Soares tem de conseguir um meio-termo, ou seja, nem tão ofensivo, mas vulnerável atrás, nem tão retrancado, sem opções na frente.
O adversário
O Paraná, em casa, no Estádio Durival Brito, empatou (0 x 0) com o Sampaio Correa, mas, na rodada passada, também em casa, ganhou (3 x 2) do Santa Cruz/PE. Antes fora goleado pelo Joinville (3 x 0) em Santa Catarina. O Paraná é um time oscilante. O técnico Ricardinho, ex-Ceará, estreou justo na vitória sobre o Santa. Um bom começo.
Voltar a vencer
Três jogos sem vitória. Sinal de alerta em grau máximo. O Fortaleza empatou com o Crac (1 x 1), perdeu para o CRB (3 x 0) e empatou com o Paysandu (0 x 0). A última vitória do Leão foi no dia 25 de agosto, em Marabá, quando ganhou do Águia por 2 a 0 no Estádio Zinho de Oliveira. Depois disso, as vitórias sumiram. Procede a preocupação.
Nem em casa
O que mais preocupa nesta falta de vitórias do Fortaleza é o fato de não ter vencido os dois últimos jogos em casa. Um no PV diante do modesto e fragilizado Crac e o outro no Castelão (empate com o Paysandu). Nesta fase classificatória dá para contornar os tropeços. Mas isso poderá comprometer se o tropeço em casa for no mata-mata.
Chances de ajuste
O técnico Marcelo Chamusca tem ainda, antes do mata-mata, três chances para promover ajustes e fazer outra vez vencedor o Leão. Dia 22, 2ªfeira, diante do Treze no Castelão; dia 28, domingo, quando enfrentará o Botafogo em João Pessoa; e no dia 4 de outubro contra o Asa/AL no Castelão. Depois disso, o mata-mata. Aí um erro poderá set fatal. Cuidado, Marcelo!
Zagueiros
O leitor Eduardo Pimentel mandou-me mensagem interessante. Disse que, numa recente relação de zagueiros, não citei Celso Gavião, que teve sucesso no Brasil e em Portugal. Realmente, se não coloquei, foi um lapso imperdoável, até porque sou fã incondicional do Celso, que foi campeão pelo Vasco da Gama/RJ, time pelo qual tenho predileção. Eduardo disse também que não citei Airton, o Tanque de Guerra. Puxa, outro lapso imperdoável. Escreverei sobre os dois em breve.