Liderança em jogo
Para segurar elevado o moral do grupo, será fundamental ao Ceará ganhar do ABC logo mais. Garantirá a permanência isolada na liderança e evitará a ultrapassagem do Vasco em caso de vitória deste na rodada. O ABC vem de três derrotas seguidas e um empate. Perdeu para o Paraná, América/MG e Vasco. Empatou em casa com a Portuguesa no jogo mais recente, resultado que o técnico do ABC, Zé Teodoro, considerou injusto, haja vista as inúmeras chances perdidas por sua equipe. Segundo o Zé, falta apenas ajustar a finalização. No ABC, a presença do meia Rogerinho, que defendeu o Ceará há algum tempo. Bom jogador. No mais, o time do Ceará é melhor e tem amplas possibilidades de reabilitação após o insucesso diante do Vasco no Rio de Janeiro.
Aperto
A partir do instante em que o Departamento de Gestão da Dívida Ativa da União/Procuradoria Geral da Fazenda Nacional passou a bloquear a renda da venda dos jogadores e as cotas de televisão, os clubes brasileiros, levados à míngua, não tiveram outra alternativa senão, genuflexos, pedirem clemência. Só assim viram que não havia outro caminho fora da negociação. Dentre os 12 maiores clubes do Brasil, a menor dívida é a do São Paulo, R$ 7,8 milhões. A maior, a do Atlético/MG: R$ 272 milhões.
O desgaste
Quer queiram, quer não, a comparação do tempo entre os jogos das equipes revela quem está mais desgastado. O ABC jogou apenas no dia 12 passado. O Ceará jogou no dia 13, às 10 da noite, e no dia 16, sábado, no Rio, com o Vasco. Dois jogos e viagens. E o ABC em Natal, de folga, só se preparando. Hoje, claro, o ABC entrará em campo menos desgastado.
Passagens
Zé Teodoro é bom treinador. Ganhou títulos aqui no Fortaleza e no Ceará. Conhece muito. Contará com Rogerinho, que fez parte do time do Ceará e conhece quase todos do atual time de Porangabuçu. Certamente dará dicas importantes. Ainda assim, se o Ceará jogar como o fez diante do Internacional, dificilmente deixará de conquistar três pontos.
Recordando
1963. Ferroviário. A partir da esquerda (em pé): técnico Vicente Trajano, Pedrinho, Nelson, Aloísio II, Zezito, Clóvis e Vicente. Na mesma ordem (agachados): Wellington, Kitt, Milton Bailarino, Pijuca e Garrinchinha. Wellington foi meu contemporâneo no Liceu do Ceará. Faz tempo não vejo meu amigo Kitt, médico conceituado, filho de uma família de desportistas como Rolinha (seu pai) e Bill (seu irmão). Acervo de Elcias Ferreira)
Sem fantasmas
O Águia de Marabá já foi um tormento para o Fortaleza. Criou verdadeiro tabu tanto em Marabá quanto aqui. Mas tudo foi desfeito este ano. O Fortaleza bateu no Águia, cresceu na competição, é líder e vê o oponente humilhado, na lanterna do Grupo A com oito pontos. E assim se encontrarão segunda-feira próxima.
Local do jogo
No momento não há como comparar a boa qualidade do Fortaleza com a comprometida produção do Águia. O Leão é superior em tudo. Só uma coisa pode incomodar o Fortaleza: o gramado do Estádio Zinho de Oliveira, que é muito ruim. Aliás, a rica e bonita cidade de Marabá há muito já merecia uma praça esportiva melhor.
Incisivo
O técnico do Fortaleza, Marcelo Chamusca, de forma incisiva afirmou que não teme o mata-mata. E lembrou fato recente acontecido no Campeonato Cearense deste ano, quando justo na fase mata-mata perdeu para o Icasa em Juazeiro por 3 x 1, mas, no jogo de volta no PV, devolveu o mesmo placar (3 x 1) e ficou com a vaga para a disputa da final.