Responsabilidade do torcedor no retorno aos estádios

Se houver atropelos, máxime na entrada e na saída quando a possibilidade de aproximação entre os torcedores é maior, no lugar de avanços futuros haverá retrocesso

A Europa, há algum tempo, promoveu a volta da torcida às praças esportivas. A televisão tem mostrado jogos de lá, todos com casa cheia. Mas os europeus não abriram mão de um rígido controle quanto aos itens de segurança sanitária. Aqui houve um clamor da torcida, pedindo a reabertura dos estádios e ginásios. É normal a ansiedade dos apaixonados que estão afastados das emoções ao vivo.

Quem gosta de ver jogos nos locais dos eventos não se contenta com imagens da televisão. A diferença é enorme. Em casa, o torcedor passivo; nos estádios, é partícipe. Você compõe o cenário nos diversos atos. A própria televisão mostra isso, ou seja, as mais variadas reações do torcedor na medida em que o jogo acontece: a alegria, a tristeza, a dor, o encanto, o desencanto, a lágrima, o sorriso, o entusiasmo, a decepção. Assim, o gradual retorno dos torcedores, se obedecidas as normas, poderá levar a ampliações nos próximos jogos.

A fase experimental de hoje é muito importante. Entretanto, se houver atropelos, máxime na entrada e na saída quando a possibilidade de aproximação entre os torcedores é maior, no lugar de avanços futuros haverá retrocesso. Muita responsabilidade, pois.

Condições favoráveis

Não é exagero afirmar que as condições do jogo de hoje são todas favoráveis ao Fortaleza. Em casa, com a volta da torcida e com o time de Vojvoda outra vez jogando bem. Mas isso não quer dizer “já ganhou”. É preciso continuar no ritmo forte, incisivo, que tem feito a diferença. E, principalmente, corrigir os erros de finalização.

Advertência

Na rodada passada, Ceará e Fortaleza tiveram uma experiência muito importante. Enfrentaram, respectivamente, o lanterna (Chapecoense) e o vice-lanterna (Sport-PE) da competição. O que se viu foi vitória minguada, difícil. O Ceará ganhou da Chape (1 x 0) e o Fortaleza ganhou do Sport (0 x 1). Se os times da zona baixa deram tanto trabalho, lógico que o Atlético-GO (12º) dará muito mais.

Mudanças

Segunda-feira passada, dia 27 de setembro, o Atlético de Goiânia anunciou o desligamento do técnico Eduardo Barroca. No domingo, 26, o Atlético-GO, em casa, empatou com o Cuiabá (0 x 0). A sequência de cinco jogos sem vencer minou a situação de Barroca. Mudança de treinador gera muitas incertezas. Mais uma interrogação que fica.

Folga forçada

O Ceará não joga neste fim de semana. Aparentemente, uma boa porque representa repouso para o elenco. Ledo engano. Isso quebra a sequência e provoca maratona que não estava prevista. Desgastará o grupo quando chamado a repor os jogos em atraso e beneficiará os concorrentes que enfrentarão um Ceará sobrecarregado. Um absurdo. Folga forçada é castigo.