Os dirigentes da Conmebol perderam a vergonha. A ganância está tomando conta dos promotores da Copa Libertadores da América e da Copa Sul-Americana. É algo assim inacreditável. O ingresso mais barato para o jogo o Flamengo x Palmeiras no dia 27 de novembro no Estádio Centenário em Montevidéu custará apenas R$ 1.100,00 (um salário mínimo no Brasil). O mais caro custará R$ 3.600,00. A decisão da Copa Sul-Americana entre Athletico e Bragantino, no dia 20 de novembro, no mesmo Estádio Centenário, também terá preços salgados. O mais barato custará R $550,00. O mais caro custará R$ 2.200,00. Amigos, observem agora o incrível detalhe: na decisão da Champions League (o Chelsea ganhou do Manchester City por 1 a 0), os preços dos ingressos foram mais acessíveis. Assim, a presença nos estádios vai ficando possível apenas para pessoas de elevado poder aquisitivo. O meu povão brasileiro definitivamente está banido dos estádios. Já sugeri que haja nos estádios espaços reservados para as camadas populares como antigamente existia a “geral” cujos frequentadores eram chamados carinhosamente de “geraldinos”. Sei que o controle seria difícil, mas valeria a pena uma tentativa.
Oportunidade
Se voltasse o espaço “geral”, como existia no Maracanã, no PV e em outros estádios do Brasil, certamente logo apareceriam as vozes que chamariam tal expediente de discriminação. Uma espécie de separação de classes. No meu entendimento, não haveria discriminação, mas uma justa oportunidade dada às pessoas de poder aquisitivo menor.
Expulsão
A continuar a aceitação dos preços exorbitantes, ora praticados, não resta dúvida de que as camadas populares estarão expulsas dos grandes espetáculos do futebol. Expulsas dos espaços que, nas décadas de 1950 e 1960, eram ocupados por elas. Nesse tempo, os preços eram acessíveis e não proibitivos como agora.
Tema
Está aí para debate um tema que pode render muito. Haverá, por certo, opiniões interessantes, pois o mote é abrangente. Todo mundo deve ter o direito de ver seus ídolos em ação nas grandes disputas. Pelos atuais preços dos ingressos, os menos aquinhoados jamais terão acesso aos estádios de futebol, a não ser em jogos mambembes.
Estádio
Num tópico acima, lembrei a “geral” do PV. Agora estou lembrando do PV como um todo. Quando o Estádio Presidente Vargas será devolvido aos fortalezenses. A promessa feita pelo prefeito anterior, Roberto Cláudio, foi a de que, após desativado o Hospital de Campanha, logo seriam iniciados os trabalhos de reconstrução do PV. Com a palavra o atual prefeito, Sarto Nogueira.