O primeiro apagão no Castelão pegou todo mundo de surpresa. Foi no jogo Fortaleza 0 x 0 Palmeiras. Aos 44 minutos do segundo tempo, faltou energia elétrica. Aí o árbitro, meia hora depois, encerrou a partida. O vexame provocou explicações por parte da administração do estádio. O Ministério Público, em vista das brigas acontecidas quando do apagão, admitiu posição forte contra a abertura do estádio, caso não fossem corrigidos os problemas. Reparos feitos, o Castelão foi dado como pronto. Anteontem, antes do jogo Ceará 1 x 0 Avaí, um novo apagão. Outro vexame. Após o atraso de quase uma hora, o sistema elétrico voltou a funcionar. Agora resta a pergunta: quando será o próximo apagão? O que tem a dizer a administração do estádio? E o Ministério Público? O assunto é sério. Imaginem no que pode resultar uma multidão encurralada pelo medo e pela escuridão. Lembrei do senhor Marcos, um pedreiro que trabalhou na minha casa. Muito bom. Versátil. Faz reparo na encanação, ergue paredes, coloca portas e janelas. Em tempo recorde, troca toda a instalação elétrica. Com ele, apagão nunca mais. Taí um nome para o Castelão. Não entendo padrão Fifa feito de gramado esburacado, um breu e incêndios nas instalações...
Pevezinho de açúcar
Prefiro o velho Estádio Presidente Vargas, a mais simpática praça esportiva do estado. O Pevezinho de açúcar. No momento, o Castelão, de “Padrão Fifa”, tem apenas o nome. Os fatos recentes provam que o mesmo está longe dos padrões dos grandes estádios do mundo como Allianz Arena (Munique), Wembley (Londres) e San Siro (Milão). Lamentável.
Desrespeito
Sou apaixonado pelo rádio. Foi o rádio que segurou a barra do futebol desde os primeiros tempos. Até a década de 1970, o veículo de divulgação maciça do futebol era o rádio. Depois, quando transformaram o futebol em espetáculo televisivo, começaram a escantear o rádio. Na reforma do Castelão, acabaram com as antigas cabines de rádio. Um desrespeito. O PV as mantém.
Projeto
A Câmara Federal aprovou projeto que dará aos clubes o direito de cobrar das emissoras de rádio cotas específicas para realizarem as transmissões dos jogos de futebol. A matéria seguiu para exame no Senado. Esquecem que o veículo que mais promove o futebol é o rádio. E os clubes não pagam nada por isso. Aguardo a posição do senador Luís Eduardo Girão, ex-presidente do Fortaleza.
Reação
Está na hora de levantarmos a voz contra os que querem inviabilizar as transmissões de futebol pelo rádio. Estes ingratos e burros não enxergam que o silêncio do rádio a respeito dos esportes reduzirá sobremaneira a promoção que eles têm de graça horas e horas por dia. Ingratos e burros, pois não sabem o que perderão de divulgação, caso as emissoras silenciem sobre o assunto.