Na Sul-Americana o Vozão canta de galo

Confira a Coluna desta quarta-feira (5)

Hoje, pelas circunstâncias, não adianta meditar sobre o que está acontecendo com o Ceará na Série A nacional. Por um instante, esquece que, por apenas um ponto, está afastado da zona de rebaixamento. Hoje, a missão é terminar o serviço que começou muito bem nas alturas de La Paz. É consolidar a passagem diante do The Strongest. É seguir confiante na competição em que está dando certo. Depois, cumprida a parte que lhe cabe, aí sim o Ceará terá de pensar sério nas condições desfavoráveis que o afetam no Brasileirão. A margem de segurança acabou. O Vozão está a perigo e precisa reagir com extrema urgência.

Não há que vacilar a ponto de levar para o returno a atual carga de apreensões e sofrimentos. Há algo inexplicável, impedindo vitórias do Ceará no Castelão. É esquisito como contraria a lógica das coisas. Todo time faz dos jogos em casa a certeza de três pontos. No meu terreiro mando eu. Cantar de galo. Aqui, o dono do espetáculo sou eu. Com o Vozão está acontecendo o inverso: todo bichinho de orelha chega aqui e se acha no direito de tomar pontos do Vozão. E toma. Não pode ser assim. Hoje é a Sul-Americana. Nesta, sim, o Ceará sabe cantar de galo. 

 

Retorno 

 

É mesmo para festejar o retorno do atacante Mendoza. Restou provado que, com ele, o Ceará tem potencial de conclusão muito maior. Mas cabe aqui uma advertência: não pode o Vozão depender da boa atuação do colombiano. Tem de buscar um leque maior de movimentações ofensivas. Se concentrar o poder de fogo em Mendoza, facilitará a marcação pelos adversários. 

 

Melhorar 

 

Quero acreditar que, com a volta de Mendoza, Vina poderá subir de produção. É evidente que uma coisa pode não ser determinante da outra, mas, se o atleta tem uma parceria mais qualificada, o trabalho conjunto tende a alcançar um padrão superior. Isso é evidente. Claro que também depende muito das condições físicas individuais.  

 

Presidente 

 

Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, tem crédito, a despeito da situação delicada por que passa o time tricolor. Esta é a maior crise que já se estabeleceu, desde que assumiu o alto comando tricolor. Até hoje, ele soube contornar os problemas mais graves. O atual, porém, é o mais complexo de todos. Seus esforços são grandes. Aí estão Thiago Galhardo e Lucas Sacha.  

 

Vai à luta 

 

O futebol tem situações que fogem do controle do dirigente. Caminhos tortuosos, determinados pelo capricho do destino. Vojvoda deixou de ser bom treinador? Claro que não. O time ora mostra qualidade, ora mostra fragilidade. Ora, sim; ora não. Tudo é tão esquisito que, amanhã, não se surpreenda se o Leão eliminar o Estudiantes. Ninguém acredita. Mas o Fortaleza é assim mesmo.