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Outra vez rumo ao acesso

O desempenho do Fortaleza valeu pelo segundo tempo, quando engoliu o Baraúnas. Na fase inicial, o Leão fez 1 a 0 com Assisinho, mas de forma inaceitável deu espaço demais ao visitante, fato que gerou momentos de perigo à meta de João Carlos: uma com Wilker e outra com Ramon. Foi no segundo tempo que o Fortaleza soube se impor. Ampliou com Fabrício (2 x 0) e pôs o Baraúnas no devido lugar, subordinando-o ao ritmo tricolor. O golaço de Ruan (3 x 0) foi resultado dessa dominação. Não foi uma apresentação perfeita (longe disso), mas apontou caminhos por onde o time deverá trafegar nos próximos jogos: para frente, sem dar espaços e tomando conta do jogo.

Recordando

1989. Time do Botafogo campeão carioca, que quebrou jejum de 21 anos. A partir da esquerda (em pé): Josimar, Ricardo Cruz, Carlos Alberto, Mauro Galvão, Marquinhos e Wilson Gotardo. Na mesma ordem (agachados): Mauricio, Luisinho, Victor, Paulinho Criciúma e Gustavo. (Da coleção do meu amigo botafoguense, Sérgio Castelo Branco Pinheiro).

Quase

O Ceará precisa sair com urgência do "quase". É bom lembrar que o "quase" não leva a lugar nenhum, não soma pontos e, por cima de tudo, deixa o sentimento de frustração que maltrata tanto quanto a derrota. O Ceará "quase" ganhou do América/MG no Independência. O Ceará "quase" ganhou do Avaí/SC no Ressacada. Traduzindo: o quase é sinônimo de empate que gera apenas um ponto. "Quase" nada.

Um tempo só

Outro detalhe que também precisa ser revisto pelo Ceará é a esquisita boa produção de um tempo só. Síntese: joga bem apenas numa das fases do jogo. Tem sido assim nas últimas partidas. Jogou bem no segundo tempo em Minas, igualmente jogou no segundo tempo no PV diante do Atlético/GO (apesar de ter pedido) e jogou bem no segundo tempo em Santa Catarina. Sim, mas isso não resolve. Tem de jogar bem a partida toda. Ou não é?

Vaias e aplausos

Não entendi a torcida do Fortaleza. O time estava ganhando por 1 a 0, mas ao sair de campo no intervalo foi vaiado, embora uma parte da torcida tenha aplaudido. A propósito, também injustas as vaias no meia Guaru quando este foi substituído por Joilson. No primeiro tempo ele não foi bem, mas na fase final criou situações. O passe para o gol de Fabrício foi dele. Ora, dele também o passe na medida que Ruan perdeu na cara do gol. Guaru também foi protagonista do lance polêmico em que teria sofrido o pênalti que o árbitro não marcou. Calma, gente.

Passes

Impressionante o número de passes errados que Rogerinho deu no Ressacada. Tudo numa irritante sequência. Mas há um detalhe: Rogerinho errou mais porque se apresentou mais para o jogo. Se houve o lado negativo no endereçamento da bola, houve o fator positivo de ele buscar jogo, querer jogo, mostrar-se para o jogo. Há que se observar outra coisa: em boa parte os passes saem errados porque os companheiros não conseguem acompanhar de perto as jogadas.

Notas e Notas

Sérgio Soares da Silva no lugar de Sérgio Guedes. Tudo numa operação relâmpago em Porangabuçu. Queira Deus desta vez dê certo. Ultimamente o Ceará não vem sendo feliz na contratação de treinador. Boa sorte ao Soares. /// O Icasa reagiu na B. Goleou o Bragantino (4 a 1). O problema do Verdão do Cariri é a defesa. No dia em que esta segura firme o compartimento detrás, lá na frente Tadeu, Chapinha, Elanardo, Juninho e Adalgísio Pitbull resolvem.

"Venho trabalhando. Fui vaiado muitas vezes, mas continuo acreditando em mim. Estou feliz com o gol que marquei. Não vou baixar a cabeça".

Ruan
Atacante do Fortaleza, autor de um golaço ontem