Na vontade e na raça
O Fortaleza foi brioso, lutador, raçudo, na vitória de virada (3 x 2) sobre o Treze. Superou duas vezes a desvantagem. Dominou a angústia, quando as coisas lhe foram adversas. Ganhou com mérito. Dizer que Assisinho foi o melhor é bater na mesma tecla. Dois gols dele, a assistência, a participação. Mas nem tudo foi perfeito. Fabrício reconheceu que há falhas, inclusive as suas. Quando o time faz uma autocrítica é sinal de que os ajustes virão mais de dentro para fora que de fora para dentro, ou seja, não apenas a visão do técnico, mas a análise do grupo. Bela vitória. Na vontade e na raça.
Exceção
Em meio à pasmaceira do Ceará, Rogerinho foi a exceção. Criou situações. Quis. Como não foi acompanhado pelos demais, seu trabalho foi prejudicado pela falta de sequência. Certamente isso causa uma desagradável sensação de isolamento.
Recordando
Década de 1960. Jovens do juvenil posteriormente brilharam no time principal do Fortaleza. A partir da esquerda: Cícero, Melo, Pedro Roberto, João Cunha, Hélio (irmão de Jorge Mota) e Pedro Basílio. Na mesma ordem: Maromba, Beto, Danúsio, Josias e Fontoura. (Arquivo de Elcias Ferreira).
No limite
A chegada de Léo Gamalho vem atender aos reclamos da torcida que há muito pedia um jogador com as características que Léo tem, ou seja, mais fico na zona de conclusão e com elevado índice de aproveitamento. Agora é esperar para ver.
No limite II
Cometerá grave erro quem colocar sobre os ombros de Léo toda a responsabilidade de solução dos problemas ofensivos alvinegros. O êxito ou não de um atleta depende muito das circunstâncias, dentre as quais a qualidade do elenco e a feição tática.
"É complicado falar na derrota. Reconheço que a equipe tem altos e baixos. Acho que a cobrança tem de ser individual".
Fernando Henrique
Goleiro do Ceará
(após o jogo em Curitiba)
Autoestima
Ficou claro que o Ceará, quando sofre um gol fora de casa logo acusa o golpe. A autoestima vai para baixo e o time dá nítidos sinais de que não mais acredita na recuperação. O gol de Lúcio Flávio (1 a 0 Paraná) parece ter anestesiado todo o time alvinegro.
Deu branco
No primeiro gol do Paraná, o volante do Ceará Everton se perdeu de tal forma que passou a impressão de não saber onde estava, tonto ante o envolvimento de Lúcio Flávio, autor do gol. Começou aí a perturbação alvinegra.
Jogo aéreo
Perdi as contas de quantas bolas aéreas foram lançadas por Vicente na área do Paraná. Nenhuma aproveitada. A defesa do Paraná neutralizou todas. O Ceará insistiu no jogo aéreo, mesmo em desvantagem pela altura dos zagueiros Anderson e Brinner. Incrível.
Persistência
Errar é admissível; persistir no erro, não. O Ceará resolveu permanecer repetindo o equívoco até o fim. Melhor teria sido a tentativa de envolvimento em bola rasteira na entrada da área, com chutes à media distância ou buscando faltas no setor.