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Por pura curiosidade revi o jogo em que o Barcelona massacrou o Santos (4 x 0) na decisão do mundial de clubes em dezembro de 2011 no Japão. Ali, Neymar se mostrou perdido, arrasado, sem se encontrar em campo um momento sequer. Parecia anestesiado pela magia espanhola. E lá estavam, fazendo a festa do Barça nada menos que Piqué, Busquets, Xavi, Iniesta e Pedro. Menos de dois anos depois, Neymar, o maior nome da decisão da Copa das Confederações, deu o troco. Foi o melhor em campo na goleada brasileira sobre a Espanha (3 a 0). E no Maracanã estavam nada menos que Piqué, Busquetes, Xavi, Iniesta e Pedro. Todos arrasados, anestesiados pela magia do futebol brasileiro.
Horário
Até agora não entendi a razão por que começou às 13 horas (uma da tarde) Itália x Uruguai (decisão do terceiro lugar). Sol a pino, para rachar mesmo. Pior ainda: qual o motivo que levou a Fifa a programar para 19 horas (sete da noite) uma decisão no Maracanã, quando a tradição brasileira é de 16 ou 17 horas. Está na hora de o torcedor também ser ouvido a respeito disso. Na questão de horário, torcedor continua sendo tratado como gado.
Escola
A Seleção Brasileira deveria marcar amistoso com a Alemanha, de futebol forte, pegada firme e velocidade. É uma outra de futebol. Poderia se dizer que já foi testada quando enfrentou a Seleção da Inglaterra, dona de estilo semelhante ao futebol alemão (Houve empate de 2 a 2 no Maracanã antes da Copa das Confederações). Mas a Canarinho cresceu na competição. Certamente, hoje, diante da própria Inglaterra já seria diferente.
Feijão com arroz
Os ecos da Copa das Confederações ainda repercutirão por alguns dias. Depois, gradualmente, o Campeonato Brasileira voltará a ocupar os espaços. Torneio internacional é bom porque efêmero, passageiro. Fica o gosto de "quero mais". Mas o retorno ao movimento normal, do cotidiano, bem ao estilo "feijão com arroz, também tem seus encantos. Julho chegou. Agora a expectativa é saber se o futebol cearense estará na elite (Série A) no ano da Copa 2014 ou se permanecerá no andar de baixo, embora com um estádio de primeiro mundo.
Desconforto
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, acostumado a bajulações e reverências pelo mundo, conheceu algo diferente no Brasil: além da estrepitosa vaia em Brasília, incômodos também no Maracanã. Pelos vexames que aqui passou, Blatter já admite criar novos critérios para a escolha de país-sede de uma Copa do Mundo. A entidade passaria a avaliar também as condições sociais do povo. Se num grau próximo a revoltas, a Fifa logo o descartaria.
Zagueiro
Gostei da frase do técnico Luiz Felipe Scolari sobre o zagueiro David Luiz. Ele foi o gigante da zaga brasileira na vitória sobre a Espanha. David, pela raça, empenho e até mesmo em alguns instantes no jeito de atuar, faz-me lembrar Bellini, grande capitão do primeiro título mundial da Seleção Brasileira em 1958 na Suécia. Bellini não era tão técnico, mas sabia se impor pelo porte físico e espírito de luta. Não por acaso foi o capitão da equipe.
"O momento do jogo, o momento da vitória, foi aquele em que o David Luiz salvou. Não foram os 2 a 0 ou os 3 a 0. O momento da vitória foi aquele".
LUIZ FELIPE SCOLARI
Sobre o lance em que David Luiz evitou o gol que seria o do empate da Espanha, quando ainda estava 1 a 0
RECORDANDO. Década de 1970. Quixadá. Pedro Soares, Helano, Vicente, Neném, Zé de Barros e Totonho, Manuelzinho, Doca, Massagana, Neném Mossoró e Zé Nilo. Mascotes Elivan, Aciro e Erandir. (Colaboração de Val Tavares, ex-goleiro do Quixadá e do Icasa).