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Modelo desbotado

O belo futebol de toques da Espanha, do qual sou fã, parece-me desgastado. A Fúria ganhou tudo nos últimos cinco anos: campeã da Eurocopa de 2008 e 2012 e da Copa do Mundo 2010. E já está na final da Copa das Confederações. Mas o brilho desse modelo diferente e encantador parece ver aproximar-se o "Canto do Cisne". Pelo menos assim o vi diante da Itália, que merecia ter saído vitoriosa. Ficou a Espanha, desbotada por uma atuação que evidenciou desgaste físico decorrente do calor e, dizem, de farras também. Seja como for, cabe ao Brasil fazer a sua parte.

Regularidade. Paulinho tem sido, pelo menos em minhas observações, o mais regular jogador da Seleção Brasileira. Neste jogo com a Espanha seu papel será fundamental porque ele estará no miolo, onde exatamente também estarão os astros da Fúria.

Dar o troco

Neymar passou pela humilhação de ver seu Santos goleado pelo Barcelona (4 x 0) na decisão do Mundial de Clubes de 2011. Lá estavam pelo Barça Piqué, Busquets, Pedro, Xavi, Iniesta e Fábregas, que também enfrentarão o Brasil amanhã. Hora do troco.

Daniel também

Os seis jogadores do Barça, acima citados, estarão no Maracanã. E mais: Daniel Alves foi também campeão mundial pelo Barça naquela goleada sobre o Santos. Mas o Dani, agora na Canarinho, poderá passar muitas dicas sobre como parar a Fúria.

"Não invejo os laterais de hoje pelo dinheiro que ganham, mas pela liberdade que têm para atacar".

Nilton Santos
Lateral esquerdo, bicampeão mundial pelo Brasil 1958/62. Hoje, Nilton, com Alzheimer, vive internado em uma clínica no Rio de Janeiro

Oportunidade

Gostaria de ver a Seleção Brasileira entrar com Bernard, Fred e Neymar. Entendo que a Espanha dá espaços como ficou provado diante da Nigéria e da Itália. Aliás, nigerianos e italianos foram eliminados pelo elevado índice de erros nas conclusões.

Preferência

O Felipão já expôs sua opinião favorável à presença de Hulk como titular. Tem por base a importância do atleta pela força física, combate, velocidade e disciplina tática. Tudo bem. É compreensível a palavra do Felipão. Mas chegou a hora de ousar mais.

Defesa

A zaga brasileira vacilou em momentos delicados: Thiago Silva (errou feio no gol do Uruguai) e David Luiz (pênalti desnecessário diante da Itália) mostraram-se intranquilos em certos momentos. Nessa parte, a habilidade dos espanhóis preocupa muito.

Selecionadas

De 1934 a 1999, Brasil e Espanha, seleções principais, enfrentaram-se oito vezes (4 vitórias do Brasil, 2 da Espanha e 2 empates). No último jogo, um amistoso em 1999, em Vigo, na Espanha, deu 0 a 0. Nesse jogo o cearense Jardel atuou. Dados de Airton Fontenele.

Recordando. 29 de junho de 1958. Dia de São Pedro. Há 55 anos o Brasil conquistou seu primeiro título mundial. Ganhou da Suécia em Estocolmo (2 x 5). Djalma Santos, Zito, Bellini, Nilton Santos, Orlando, Gilmar, Garrincha, Didi, Pelé, Vavá, Zagallo e o massagista Mário Américo.