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Do Santos, Barça e Brasil

Neymar, o show. Desta vez, achei pouco até o exagero do Galvão Bueno ao narrar a exibição do astro. Além do belíssimo gol, o "banho de cuia" que com o peito Neymar aplicou no zagueiro Mier. Tão bonito que todo mundo exclamou: merecia ter entrado! E ainda estava por vir o genial momento em que criou o lance no qual deixou atônitos seus marcadores e deu o passe para o gol de Jô. Foi demais. Neymar, do Santos, do Barça, do Brasil.

Preocupação. A contusão de Mota trouxe apreensão a Porangabuçu. Motivo claro: o ataque alvinegro com ele é uma coisa; sem ele, é outra bem diferente porque perde expressivo potencial. A dupla com Magno Alves estava afinadíssima. Sem Mota, fica complicado.

O jogo

Poderia ter sido fácil. Não sei o que houve com Oscar. Sumiu. Após 20 minutos, México equilibrou. Na fase final, Barrera (nº 7) entrou e infernizou a defesa da Canarinho. Quase o México empatou. Não sei a razão por que Felipão esperou tanto para colocar Lucas.

Local

Em meio ao foco na Copa das Confederações, vale também o futebol local: Fortaleza retoma trabalhos hoje. O jovem atacante Ruan, festejado pela estreia com os dois gols da vitória no Acre, será o centro das atenções.

"Para chegar outra vez à seleção, Osvaldo, por ser cearense, ainda passará pelas dificuldades que eu passei. Isso acontece".

Mirandinha
Cearense, ex-seleção brasileira

Destaques

Pela Seleção Brasileira destaco o empenho de David Luiz. Gostei do que mostraram Paulinho (o melhor da meia-cancha) e Marcelo. Fred e Hulk apenas razoáveis. Ernane entrou sem vibração. Jô é oportunista mesmo. Acaba ganhando a titularidade.

Ponta abusado

Giovani dos Santos criou boas jogadas. /// Javier Hernandez, por seu elevado cartaz, esperei dele melhor produção. /// Bonito fez Pablo Barrera, um ponta que, pela direita, deu uma canseira na defesa brasileira. Não sei como De La Torre deixa Barrera no banco.

Caldeirão do Hulk

No Castelão, a reclamação de sempre: o calor insuportável. Até os cearenses, acostumados a temperaturas elevadas, reclamaram. Não há brisa. Os narradores visitantes sentiram o desconforto. Com Hulk em campo, o caldeirão foi lembrado.

Sangue na Arena

Não gosto do nome arena dado aos estádios. Como disse o escritor Ruy Castro, é linguagem "fifês". Ontem, só lembrei arena quando David Luiz sangrou muito pelo nariz. Parecia vítima de luta entre gladiadores. Aí, sim, Sangue na Arena. Mas prefiro estádio mesmo.

Na Gentilândia. No treino da Seleção Brasileira no PV, segunda-feira passada, Neymar aproximou-se do vidro de proteção e fez pose ao lado de Martha Castelo Branco, irmã do meu amigo, coronel Haroldo Castelo Branco, chefe de segurança da Canarinho. O ex-jogador Haroldo foi ídolo do futebol cearense nas décadas de 1950 e 1960. Foto batida por Cristiano Santos, do Memofut.