Primeiras avaliações
Após a rodada inicial da Copa das Confederações, tirei impressões que poderão ser mudadas no transcorrer da disputa. O Brasil evoluiu. Neymar me parece mais seguro, mais confiante de que pode mostrar na Canarinho o que normalmente faz no Santos. Mas a minha admiração maior ainda é pelo toque do futebol espanhol. Eles fazem a bola rolar como crianças que estão brincando de roda no parque. Fantástico, incrível. E é porque não vierem Puyol e Xabi Alonso. A Itália merece respeito. Balotelli e Pirlo fazem a diferença. De todas, achei a Espanha a mais consistente.
Consagrado autor. O livro, "O Brasil na Copa das Confederações", escrito pelo pesquisador Airton Fontenele, maior especialista do país na história da Seleção Brasileira, será lançado hoje, às 19hs30, no Náutico Atlético Cearense. É o sétimo livro do autor, todos sobre a Canarinho.
O goleiro e a bola
Na Copa da África do Sul, os goleiros reclamaram muito contra a bola Jabulani que oscilava. Até agora não houve reclamação contra a bola Cafusa, usada na atual Copa das Confederações. Mas, na estreia, Júlio César soltou-a várias vezes. Estará Júlio tão inseguro assim?
Peito de aço
Segurar o italiano Balotelli não é fácil. Sabe usar a força física no instante certo. Além disso, aproveita bem a potência de seu chute de longa distância. No gol da vitória sobre o México ele lembrou o brasileiro Vavá, o peito de aço.
"Temos de melhorar ainda e estar preparados para entrar e corresponder. Quando a gente entra o tempo passa voando".
Lucas
Atacante da Seleção Brasileira
Zagueiro
A resistência que o México poderia ter oferecido à Itália ficou bastante reduzida na medida em que o zagueiro Rodriguez, em jornada muito infeliz, comprometeu tudo. Se ele jogar amanhã, o caminho para Neymar e companhia passará por Rodriguez.
Pura ironia
As seleções precisam de segurança. Afinal, há por toda parte loucos capazes de atos agressivos. Mas seria necessário todo esse aparato? Na passagem das delegações, penso até em me ajoelhar e de mãos postas, agradecer aos céus a presença desses deuses aqui.
Ilusão
Todo dia, pedia pelo rádio policia para a Gentilândia. E nada de ser atendido. Tome assalta aqui, roubo acolá. Mas ontem o bairro recebeu contingente policial jamais visto. Os moradores ficaram alegres, pensando que assim seria todo dia. Ledo engano: foi o treino da seleção no PV.
Desarranjo
Falta de água e comida no estádio em Pernambuco, além de outros erros de cálculo no atendimento ao torcedor no Rio e em Belo Horizonte. Defeitos que poderão ser corrigidos. Mas pegou mal. Pior de tudo: a exorbitância dos preços. Lamentável.
Recordando. 1994. Zagalo e Parreira na Copa do Mundo dos Estados Unidos na qual o Brasil sagrou-se tetracampeão mundial, quebrando um jejum de 24 anos. Na época, o técnico da seleção era Parreira, sendo Zagallo o auxiliar. Hoje, o técnico da Canarinho é Luiz Felipe Scolari, sendo Parreira o seu auxiliar. São as voltar da vida.