História de equilíbrio
Ceará e Paysandu já tiveram memoráveis disputas. Hoje, mais uma edição. Na estreia pela Série B, o Papão ficou no empate com o Asa/AL; o Ceará, no empate com o São Caetano. O Paysandu foi campeão estadual 2013; o Ceará, tri estadual aqui. No Papão, há atletas de referência como Yago Pikachu e Rafael Oliveira. No Ceará as referências são Magno Alves e Mota. Pena Magno estar contundido. Fica difícil, sem ter visto o Paysandu jogar, fazer juízo de valor. Tenho que me apoiar na história que há registrado equilíbrio entre cearenses e paraenses. Jogo fácil e de goleada entre Ceará e Paysandu é exceção. Mas o Ceará deve tirar proveito do "alçapão" PV, condição que lhe é favorável.
Recordando. Na festa de entrega do Troféu Verdes Mares, há uma homenagem especial a um ex-jogador. Este recebe o "Troféu Pedro Basílio", troféu assim denominado para lembrar o notável zagueiro, que deixou seu nome na história do futebol cearense. Aí está o saudoso Pedro ao lado da esposa Cristina Basílio. Pedro morreu em 2007. O jogador veterano homenageado este ano foi Hamilton Rocha.
Prejuízo
Lulinha estará fora hoje em virtude da injusta expulsão sofrida em São Paulo. O erro do árbitro Emerson de Almeida Ferreira (MG) trouxe duplo prejuízo: no jogo mesmo da expulsão e no de hoje diante do Paysandu. Mostrei no Debate Bola: Lulinha não simulou queda para obter a marcação de pênalti. No vídeo ficou claro: admito que ele enfeitou um pouco ao cair, mas caiu porque foi nitidamente puxado pela camisa. A queda foi consequência, não simulação.
Atenção
É preciso desde agora ficar atento com relação às arbitragens. É assim nos pequenos detalhes de uma expulsão que a equipe vai somando adversidades. Aí na reta final do campeonato é que se sabe o quanto foi nociva a participação de árbitros incompetentes. É bom que se frise: erros graves de arbitragem não se restringem à marcação de pênaltis inexistentes ou à anulação de gols legítimos. Expulsão injusta também está no rol.
Nome dos estádios
Faço coro com Ruy Castro, biógrafo do Mané Garrincha, que protestou contra a FIFA por esta ter vetado o nome de Garrincha para o Estádio Nacional de Brasília. Para o jornalista e escritor Ruy Castro, o nome dos estádios deveria ser escolhido pelo país-sede e não pela FIFA. Isso é intromissão. Será que consta do contrato esse poder de veto da Fifa? Para mim, o estádio de Brasília continuará sendo Mané Garrincha. E creio que a imprensa brasileira não deveria se curvar à ordem externa de um órgão que desrespeita memória do futebol brasileiro.
Novos tempos
O meia Guaru, que teve ótima participação na goleada sobre o Confiança (4 x 0), deu esperanças de novos tempos à meia-cancha tricolor. Dele uma bola na trave do visitante e o passe para Assisinho marcar seu segundo gol. Merece menção pela sua rápida integração ao sistema adotado pelo técnico Hélio dos Anjos. Os ventos voltaram a soprar a favor no Pici. E justo no momento em que o Leão se prepara para enfrentar o Luverdense pela Copa do Brasil.
Caixa
Meu amigo Francisco Ribeiro me mandou exemplar do jornal Gazeta de Alagoas. A matéria dá conta de que o Asa, no próximo jogo diante Flamengo pela Copa do Brasil, terá o patrocínio da Caixa Econômica Federal. O anúncio foi feito pelo senador Fernando Collor. Por aí se vê o quanto o Ceará deixou de ganhar de dinheiro por não ter passado pelo time alagoano. Cabe agora ao Fortaleza, que segue avançando na Copa do Brasil, buscar também o patrocínio da Caixa.
"O Luverdense não tem uma estrela isolada ou um destaque especial. O sucesso do time está no conjunto, pois manteve a base do ano passado e isso ajudou a manter o padrão".
Sérgio Papelin
Ex-dirigente do Fortaleza, hoje gerente do Luverdense